1967, o ano da decolagem
internacional de Tom
A maior parte de suas músicas, além
das que têm como tema central a Natureza e os passarinhos
(em suas palavras - o Ar como elemento forte em seu mapa), versam
sobre amor e relacionamentos. Mas, embora tendo diversos parceiros
durante a vida, neste momento - 1967 - a parceria com Sinatra vem
modificar a abordagem material que dava à sua ação
e a competitividade de um descendente Áries. A letra de Wave
fala de algo invisível aos olhos e da impossibilidade de
"ser feliz sozinho", numa clara expressão e confirmação
de um aquariano com Ascendente Libra.
A importância no cenário musical mundial
começa a despontar. Os trânsitos e progressões
da época sobre o mapa natal de Tom, têm como foco principal:
· O Trânsito de Plutão em trígono
com o Marte natal de Tom
· A passagem de Júpiter pela casa 10
em Câncer (Sinatra é um sagitariano e os EUA um país
com Sol em Câncer e Ascendente Sagitário, tendo a Lua
em Aquário em conjunção com a Vênus Natal
de Tom).
· Júpiter, em Câncer no Meio
do Céu, faz um trígono com Urano natal enquanto Saturno
fica em conjunção com este mesmo Urano. Ao mesmo tempo
em que Tom sai de seu centro conhecido (pátria, parceiros
e amigos), começa a concretização (Saturno
sobre Urano) de sua posição de Ser do Mundo.
· A progressão do mapa leva o Meio
do Céu para Leão e seu Ascendente para Sagitário
- começa a trilha do Maestro.
|
Tom Jobim começa a gravar com Frank
Sinatra em Los Angeles - 30.01.1967, 20h30 PST - Los Angeles,
EUA - 34n06, 118w24. |
Sente-se só em Los Angeles (Los Angeles=Os
anjos - outra símbolo de Ar e de parcerias), mas o bom
humor do aquariano, bobo da corte, o acompanha: enquanto esperava
um sinal de Sinatra, Tom escreveu várias cartas a Vinícius.
Numa delas autodefiniu-se como "um infeliz paralisado num quarto
de hotel, esperando o chamado para a gravação, naquela
astenia física que precede os grandes acontecimentos, vendo
televisão sem parar e cheio de barrigose". E assinava:
"Astênio Claustro Fobim".
Triste
(Antonio Carlos Jobim, 1967)
Triste é viver na solidão
Na dor cruel de uma paixão
Triste é saber que ninguém
Pode viver de ilusão
Que nunca vai ser nunca vai dar
O sonhador tem que acordar
Tua beleza é um avião
Demais prum pobre coração
Que pára pra te ver passar
Só pra me maltratar
Triste é viver na solidão
O texto abaixo, retirado do site
do maestro, serve como complementação para aqueles
que não tiveram a oportunidade de acessá-lo.
As gravações de "Albert Francis
Sinatra & Antonio Carlos Jobim" começaram às
20h do dia 30, no Studio One da Warner Western Sound, em Sunset
Strip. Por precaução, Sinatra gravou primeiro duas
das três canções americanas incluídas
no repertório (...). A primeira de Tom que ele encarou foi
"Dindi", seguida de "Change Partners". A última
faixa da noite foi "Inútil Paisagem". Apesar do
natural nervosismo do brasileiro, a sessão transcorreu num
clima de extrema afabilidade. Nas duas noites seguintes não
seria diferente.
A crítica americana elegeu o encontro de Sinatra
e Jobim o álbum do ano. Nas vendas perdeu apenas para "Sgt.
Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos Beatles. Um segundo
disco com os dois seria gravado dois anos depois, com o título
de "Sinatra & Company", com arranjos de Eumir Deodato.
Àquela altura, Tom e o cantor já haviam se tornado
amigos. Quando dos preparativos de um especial sobre Sinatra, A
Man and His Music, co-estrelado por Ella Fitzgerald, para a rede
de televisão NBC, em setembro de 1967, Francis Albert não
se esqueceu de convidar Antonio Carlos. Sinatra, aliás, abriu
o programa cantando "Corcovado".
Termino com uma sugestão: seria interessante
pesquisar o mapa da gravação com Sinatra e a sinastria
da cidade de Los Angeles com o mapa de Tom. Agradeço a idéia
do tema e a colaboração ímpar de meu amigo
C. Roberto Oliveira, médico e estudioso da Astrologia antiga.
Leia outros artigos de Angela
Schnoor.
|