A análise do mapa do início do
processo eleitoral no segundo turno mostra que expectativas o eleitor
brasileiro projetou em Luiz Inácio Lula da Silva e que balanço
de forças predominará no mandato do novo presidente.
O mapa da eleição é um mapa
importante, porque antecipa algumas questões com as quais
o próximo governo terá de lidar. Ele não é,
portanto, um mapa 'aleatório', porque nada na Astrologia
é por acaso. Os mapas se interligam. E todo mapa de um evento
significativo tem algo a dizer sobre o desdobramentos futuros.
O mapa do segundo turno de 2002 teve Plutão
exatamente no Ascendente. Isto é indicativo de que a escolha
que fizemos nas urnas terá um impacto transformador. Estudando
o mapa das eleições de 1989, 1994 e 1998, nós
só verificamos planetas transpessoais conjuntos ao Ascendente
das eleições de 1989, segundo turno. Simplesmente,
quatro planetas ascendiam: Urano, Netuno, Saturno e Mercúrio.
Esta eleição foi, portanto, um prenúncio de
um governo que iniciou o processo de abertura e de privatizações,
mas que também teve um mega-escândalo ligado à
corrupção. Tudo isto teria a ver com a simbologia
destes quatro planetas: houve mudanças estruturais, mas também
houve descontrole e escândalos. Urano/Netuno/Saturno também
tiveram impacto na queda do Muro de Berlim e na abertura da Rússia.
E, no caso da Rússia, houve uma grande semelhança
com o que estava previsto no mapa da eleição do presidente
brasileiro: um processo de mudança, mas também de
esfacelamento e descontrole. No Brasil, isto foi a queda do primeiro
presidente eleito depois da ditadura.
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Início do segundo turno das eleições
de 2002 - 27.10.2002, 8h - Brasília, DF - 15s47, 47w55.
Todos os mapas de eleições deste artigo foram
calculados para o horário de início das eleições
na capital do país e utilizaram sistema de casas Koch
(o padrão de Constelar, exceto quando há
indicação em contrário do autor do artigo,
é Regiomontanus). Dos mapas apresentados neste artigo,
a única eleição ocorrida sob horário
de verão foi a de 1989, segundo turno. |
Plutão no Ascendente do segundo turno de 2002
indica que o governo eleito vai ter questões difíceis
e complexas a serem enfrentadas, muito provavelmente ligadas ao
que foi ignorado e varrido para debaixo do tapete. Plutão
é o que faz com que tudo o que está depositado no
fundo suba à tona. Sem dúvidas, também haverá
crises a serem enfrentadas, muitas originadas no âmbito externo
(Júpiter, regente do Ascendente, na casa nove). Entretanto,
Júpiter, o regente do Ascendente, está em trígono
com Plutão, representando a perspectiva de crescimento e
desenvolvimento para os próximos anos. Talvez uma maior ascendência
no cenário mundial (Júpiter na casa nove). Curiosamente,
na eleição de 1998, Júpiter também estava
em trígono com o Ascendente, e, neste período, se
evidenciou a liderança do Brasil junto a América Latina.
Em 1994, Júpiter estava conjunto ao Ascendente, e a 'era
Fernando Henrique', à parte outros problemas, teve este mérito
de nos tornar mais visíveis e representativos para a comunidade
internacional. No próprio mapa de 1994, Vênus e Júpiter
conjuntos ao Ascendente podem indicar um presidente do tipo bastante
qualificado, valorizado. Como esta conjunção se dá
em Escorpião, Fernando Henrique se elegeu devido a uma questão
econômica. O trabalho que ele ajudou a fazer no governo de
Itamar foi reconhecido nas urnas.
Mas, voltando ao momento atual: segundo este mapa
de 1998, em que Urano ocupa a quarta casa, que representa 'o fim
das questões', o segundo mandato de Fernando Henrique termina
com instabilidade, que é exatamente o que estamos vivendo
agora, com a alta do dólar, e também com um forte
anseio por mudança. No mapa de 2002, Urano também
está no Fundo do Céu. Então o término
deste período também será marcado por uma energia
de transição ou mudanças. Só há
um detalhe que diferencia este Urano do de 1998: em 1998, Netuno
também estava conjunto ao Fundo do Céu do mapa da
eleição, e tudo o que foi feito no governo de FHC
não só está sendo questionado como parece que
se dissolveu (Netuno). A própria estabilidade econômica,
que foi um dos pilares do governo dele, parece estar ameaçada.
Conquistas feitas não parecem tão seguras agora, o
que é algo netuniano.
A Lua, no mapa das eleições, está
ligada aos anseios que motivam o povo. O povo escolhe seu candidato
de acordo com as necessidades que a Lua, em um determinado signo
e casa, e fazendo determinados aspectos, estará expressando.
Na eleição de 1989 (segundo turno),
a Lua estava em Leão. O povo tinha necessidade de firmeza.
Esta Lua está em quadratura com o radical Marte em Escorpião.
O povo elegeu o leonino Collor, que, com seu discurso agressivo,
algo bem coerente com esta quadratura, prometeu ser o 'caçador
de marajás'. Ironicamente, ele foi deposto (algo bem de acordo
com o simbolismo desta quadratura) pelo próprio envolvimento
dele com grupos e pessoas poderosas.
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Início do segundo turno das eleições
de 1989 - 17.12.1989, 8h HV - Brasília, DF - 15s47, 47w55.
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Expectativas diferentes: FHC
em 1994, Lula em 2002
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