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O PRINCÍPIO FEMININO NO MAPA

Asteróides, esses desconhecidos

Divani Mogames Terçarolli

 

Os asteróides não devem ser descartados da análise astrológica apenas por seu diminuto tamanho, pois o que representam é a evolução do papel feminino na sociedade. Neste artigo, você terá preciosas dicas de como interpretá-los.

O astrólogo humanista não pode compactuar com a postura da ciência materialista, que tenta compreender a Astrologia procurando por campos de força energéticos e vibrações. Será que o mundo é regido pelo acaso, ou será que há um propósito, uma ordem inerente a todos os níveis de existência?

Se a visão espiritual de mundo prevalece, tamanho não é importante, pois qualquer coisa que faça parte do cosmos é parte dessa ordem implícita e tem um significado.

Dessa perspectiva, descartar a influência dos asteróides devido ao seu tamanho diminuto é, no mínimo, um preconceito.

Astronomicamente...

O matemático alemão Johann Titius foi quem primeiro observou a existência de uma progressão regular nas distâncias planetárias, com uma interrupção entre Marte e Júpiter. Kepler, um dos últimos grandes cérebros que foram astrônomos e astrólogos ao mesmo tempo, já havia sugerido anteriormente, em 1598, que devia haver um planeta entre Marte e Júpiter. O astrônomo Johann Böde, também alemão, adotou e divulgou a fórmula de Titius, que assim se tornou conhecida como Lei de Böde, e promoveu uma busca por novos planetas. Em 1781, a descoberta de Urano deu credibilidade à teoria e antecipou a descoberta do primeiro asteróide, que ocorreu menos de 20 anos depois. O astrônomo siciliano Giovanni Piazzi foi quem primeiro avistou Ceres, no dia de Ano Novo em 1801, mesmo ano em que o filósofo Hegel publicou uma dissertação tentando provar que não podia haver um planeta entre Marte e Júpiter.

Giuseppe Piazzi (1746-1826) era um monge cuja curiosidade ia muito além dos assuntos teológicos. Erudito professor de matemática, tornou-se em 1790 o primeiro diretor do Observatório de Palermo, na Sicília. Em 1801 Piazzi descobriu Ceres, o primeiro asteróide, e definiu três parâmetros para a fixação de sua órbita - os quais, posteriormente, revelaram-se corretos.

Em homenagem à contribuição de Giuseppe Piazzi para a Astronomia, o milésimo asteróide descoberto recebeu o seu nome.

Os outros três asteróides foram descobertos logo após Ceres: Pallas em março de 1802; Juno em setembro de 1804 e Vesta em março de 1807.

A fórmula de Titius também descobriu Netuno e Plutão, com Plutão ligeiramente além da posição prevista, devido à sua órbita irregular, pois ele chega a se mover dentro da órbita de Netuno, às vezes.

Os astrônomos ainda não chegaram a uma conclusão a respeito do número aproximado de asteróides que existem nesse cinturão entre Marte e Júpiter. Alguns falam em 40.000 enquanto outros acreditam haver por volta de 100.000 deles. Cerca de 2.000 já foram catalogados e devidamente numerados, como é norma atualmente.

Há várias teorias sobre a origem dos asteróides: eles seriam restos de um planeta que se desintegrou, ou do choque entre dois planetas ou também um protoplaneta, espécie de embrião que não chegou a termo devido à força gravitacional exercida por Marte e Júpiter. Também se especula se seriam cometas que perderam suas caudas ou emissões de lava provenientes de erupções vulcânicas na superfície dos dois planetas.

Os asteróides encontram-se a 1 ½ unidades astronômicas (U.A.) da Terra. Uma U.A. equivale à distância que separa a Terra do Sol. Plutão está a 38 ½ U.A. de distância. Plutão é muito pequeno e também muito distante. No entanto, ninguém que estude Astrologia duvida de sua força. Assim, tamanho não é documento.

Chico Buarque de Hollanda compôs nos anos 70 uma música intitulada Mulheres de Atenas. O asteróide Pallas (de Pallas Athena) é o mais destacado em seu mapa. Coincidência? Veja no final deste artigo... (foto: detalhe da capa do disco Meus Caros Amigos, onde se encontra a gravação de Mulheres de Atenas)

Considerando os asteróides filosoficamente...

Considerando os asteróides mitologicamente...
Ceres, a Mãe Terra, e Vesta, a Sacerdotisa
Pallas, a guerreira, e Juno, a Companheira
Praticando em Madre Teresa de Calcutá e John Lennon
Praticando em Jackie Kennedy e Chico Buarque de Hollanda
Resumidamente...

Leia também:
Reaprender o feminino na Astrologia


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