Três astrólogos
tentam entender as perspectivas para a Copa do Mundo: Helvécio
Herkenhoff Lima traça trânsitos e progressões
sobre o mapa do Brasil; Rita Kamil procura jogadores de Ar para
compor o meio de campo de Felipão; e Fernando Fernandes descobre
Plutão no mapa da abertura do evento.
Analisando
as chances com trânsitos e progressões
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Helvécio
Herkenhoff Lima |
Para calcular as chances da seleção
brasileira na Copa de 2002, é preciso perguntar, em primeiro
lugar, em que mapa isso deve ser procurado. Uma vitória da
seleção brasileira é uma vitória da
CBF (Confederação Brasileira de Futebol) ou do Brasil,
como país independente? E qual dos mapas do Brasil considerar,
já que há tantos horários diferentes propostos
para o Grito do Ipiranga?
Para examinar a questão, farei as opções
mais óbvias, considerando que:
a) sim, a seleção brasileira pode ser
identificada com o país como um todo. Uma vitória
da seleção seria uma vitória do país,
e o assunto pode ser visto no mapa da Independência;
b) o Brasil nasceu às 16h30 do dia 7 de setembro
de 1822. Há vários outros horários possíveis,
mas adotarei para o Brasil o mesmo Ascendente no final de Aquário
que a maioria dos astrólogos que escreve em Constelar
já vem adotando.
c) Os fatores a serem considerados prioritariamente
para a verificação das possibilidades de sucesso da
seleção brasileira devem ser o Meio-Céu (sucesso,
vitória), a casa 5 (esportes, jogos), o Ascendente (o país
em si) e os planetas Marte, Sol e Júpiter, regentes dos três
signos de Fogo e significadores naturais das batalhas do mundo masculino.
Se estas escolhas estiverem corretas, provavelmente
conduzirão a um prognóstico também correto.
Analisando a carta da Independência
com progressões secundárias
A carta progredida para a estréia do Brasil
mostra Júpiter em 29º38' de Touro, enquanto o Meio-Céu
está em 26º46' deste mesmo signo. Isso significa que
o Meio-Céu progredido acaba de fazer uma oposição
ao Meio-Céu radical do Brasil independente, em 26º08'
de Escorpião. Nada mais natural, porque em 2002 comemoram-se
180 anos da Independência. Como se sabe, 180 anos correspondem,
em progressão secundária, a um mapa calculado para
180 dias (seis meses) após a data da carta radical. Como
o Meio-Céu progride, grosso modo, à razão de
um grau por ano, qualquer mapa calculado para 180 anos depois sempre
apresentará o Meio-Céu progredido em oposição
ao Meio-Céu radical. Considerada isoladamente, essa oposição
não parece digna de uma interpretação especial.
Poderia significar um reencontro da vocação do país
(casa 10) com suas raízes (casa 4), seja lá o que
isso signifique. Em países como Estados Unidos, França
e Argentina, a oposição do Meio-Céu progredido
ao Meio-Céu radical não significou nada de especialmente
dramático. Não acredito que seja diferente com o Brasil.
Quanto a Júpiter conjunto ao Meio-Céu
no mapa progredido, é necessário lembrar que a conjunção
ainda é muita aberta. Em progressão secundária,
é preciso considerar órbitas bem estreitas, já
que um grau de diferença, para o Meio-Céu, corresponde
a aproximadamente um ano. O Meio-Céu só fará
conjunção com Júpiter do mapa progredido em
2005, já no primeiro grau de Gêmeos, o que sugere que
o Brasil viverá naquele ano grandes momentos. Isso inclui
crescimento, um governo com bons índices de popularidade
e bastante projeção no exterior. Se o mundo estiver
em paz, o Brasil poderá estar exportando bastante e obtendo
grandes vitórias esportivas. O aspecto já atua desde
2004, ano da Olimpíada de Atenas, e vai até 2006,
ano da Copa da Alemanha. Além de Júpiter no Meio-Céu,
haverá também o aspecto exato do Ascendente progredido
em conjunção com Vênus radical em Leão.
Se as condições no mundo forem mais sombrias, o Brasil
poderá estar de braços abertos para imigrantes ou
refugiados e exercendo um papel internacional ligado à arbitragem
e à pacificação.
Considerando apenas progressões secundárias,
é provável, assim, que tenhamos motivos para comemorar
na Copa de 2006, mas não necessariamente na Copa de 2002.
Trânsitos
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Os trânsitos de planetas mais lentos que afetam mais
fortemente os planetas do mapa da Independência são:
· Urano, atualmente no Ascendente do Brasil;
· Plutão, ainda em quadratura com o Sol do Brasil;
· Marte e Júpiter em trânsito permanecendo
toda a duração da Copa na casa 5 do mapa da
Independência (mas Marte, na primeira semana da Copa,
em oposição a Netuno e Urano de 1822).
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Os trânsitos de Urano e Plutão são
de uma importância que transcende em muito o âmbito
do esporte. Indicam transformações profundas na forma
como o país se enxerga e como é governado. As transformações
simbolizadas pelos dois planetas são compulsórias,
acontecendo de maneira mais tranqüila quando há uma
opção consciente no sentido de que elas tenham lugar.
Como Urano no Ascendente é uma posição independente
e beligerante, e como Plutão em quadratura com o Sol costuma
trazer expurgos penosos e profundos, é mais provável
que o país esteja envolvido com novos movimentos cívicos
de combate à corrupção, ou de afirmação
nacionalista frente a pressões externas, do que com a comemoração
de uma pouco provável vitória na Coréia e no
Japão.
Especificamente, a casa 5 é a das crianças,
além de ser a dos jogos e diversões. Muitas vezes
os jogadores da seleção são tratados como os
"meninos" do Brasil, os "nossos garotos", e
realmente é isso que eles são. Alguns mal chegaram
aos vinte anos. Júpiter transitando na casa 5 parece um bom
sinal, mas Marte em oposição a Netuno e Urano pode
significar algumas coisas bem desagradáveis:
a) dispersão, falta de objetividade e perda
de rendimento da equipe em decorrência do esgotamento físico
- cansaço e problemas musculares (oposição
Marte-Netuno);
b) contusões súbitas que "desmontem"
o esquema do técnico (oposição Marte-Urano).
Não há grandes aspectos voltados para
o Meio-Céu que prometam vitórias na Copa. Os dois
regentes do Meio-Céu em Escorpião são Plutão
e Marte, ambos mal aspectados: Marte, como já vimos, em oposições
difíceis e Plutão na 10 em oposição
a Saturno, símbolo de restrições.
Tudo considerado, e tomando por base apenas os trânsitos
e progressões sobre o mapa da Independência, concluo
que o Brasil terá grandes chances de comemorar uma vitória
na Copa de 2006, na Alemanha. Quanto a 2002, pode haver algumas
boas apresentações, mas nada de erguer a taça.
Não ganharemos o penta agora.
Como estão nossos jogadores?
Uma Copa sob tensão
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Herkenhoff Lima.
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