As previsões que saíram em Constelar

Há alguns meses o jornalista Luís Nassif comentava, em sua coluna de Economia, alguns prognósticos feitos por respeitadas instituições americanas de consultoria sobre o desempenho da economia mundial, incluindo análises de risco sobre investimentos em países emergentes. Nassif chamava a atenção do leitor para a pouca consistência dessas previsões, algumas delas totalmente "furadas" ou contendo erros monumentais. E o jornalista finalizava dizendo que os exercícios de futurologia com base em estudos econômico-financeiros eram um mero estudo especulativo, sem uma base maior do que uma previsão astrológica (o destaque é nosso).

Ao dizer isso, Nassif expressou um preconceito que é compartilhado por muita gente, que é o de considerar as previsões astrológicas como um simples e descompromissado exercício de imaginação. Algo do tipo "se colar, colou". Pensando nisso, fizemos uma releitura de algumas previsões que saíram na revista nos últimos meses para checar o que realmente aconteceu. Não entraremos aqui em maiores argumentações técnicas, que estas já estão nos artigos originais, mas apenas constatar que previsões viraram realidade e quais foram tiros n'água. Então, vamos aos fatos:

Em Constelar n° 23 (maio/2000), afirmamos sobre o grande alinhamento dos sete planetas visíveis em Touro:

Sendo Touro signo de Terra e significador de assuntos financeiros (moeda, bancos, acumulação de riqueza, sistemas de valor), haveria um foco definido sobre a economia mundial, que tenderia a sofrer abalos (um "terremoto" uraniano) a partir de um choque de realidade. Com Touro enfatizado, o valor atribuído a cada bem deveria estar em relação direta com sua utilidade intrínseca. Aquilo que é realmente essencial (alimentos, matérias-primas insubstituíveis etc.) tenderia a subir de preço - talvez em função de uma súbita escassez - enquanto os bens impalpáveis, supérfluos ou cuja importância deve-se mais a fatores culturais do que aos impositivos de subsistência poderiam ter seu valor reduzido a fumaça. A queda brusca do preço das ações das empresas de tecnologia de ponta ou voltadas para negócios virtuais seria uma possibilidade, provocando um efeito-cascata em todas as bolsas de valores.

O "choque de realidade" já está ocorrendo, pois o preço do petróleo (matéria-prima insubstituível) disparou no segundo semestre de 2000, enquanto o índice Nasdaq, que reúne ações de empresas de alta tecnologia, especialmente as chamada "pontocom", deu uma boa despencada (queda de 61% de março de 2000 a março de 2001). Entretanto, a queda não chegou a ser brusca nem ocorreu até o momento um grande abalo na economia mundial, se bem que fatos como a nova crise no Oriente Médio e a inadministrabilidade da economia argentina possam provocar ainda muitos sobressaltos.

Mapa interno: planetas do alinhamento de 3 de maio de 2000, em Touro, nas casas geodésicas de São Paulo, maior cidade brasileira. Mapa externo: posições do eclipse total do Sol de 11 de agosto de 1999. Observe-se que ambos os eventos ativam os ângulos geodésicos de São Paulo e da maioria das grandes cidades do país.

No início de 2001, enquanto a questão petrolífera se acomodava, chega ao auge na Europa um novo surto do "mal da vaca louca", trazendo a necessidade do extermínio de rebanhos e enormes prejuízos para pecuaristas. A Grã-Bretanha é o país mais atingido, e muitas regiões do país ficam sob regime de quarentena. No Brasil, suspeitas provavelmente alimentadas por concorrentes internacionais levam à interrupção temporária da exportação de carne e colocam em polvorosa todos os produtores prejudicados. Passados três meses, sai de cena a vaca louca e entra a febre aftosa, fazendo o mesmo percurso: primeiro a Europa (e de novo afetando fortemente a Grã-Bretanha), depois a América do Sul. O destino dos pobres animais contaminados é a cremação. Os prejuízos são incalculáveis.

Vacas são regidas por Touro (é óbvio!). As quadraturas dos planetas neste signo, durante o grande agrupamento de 2000, com Urano e Netuno em Aquário, sendo Urano um regente de processos súbitos e Netuno um significador de contaminação, explicam a rapidez da expansão da epidemia. Por outro lado, Netuno é também significador de petróleo, enquanto Urano pode ser associado a empresas de tecnologia de última geração, como as que integram o índice Nasdaq, dois assuntos que estiveram em evidência nos últimos doze meses.

Efetivamente, os gêneros essenciais e insubstituíveis estão em fase de escassez e de valorização. No caso da energia elétrica, por trás da crise em seu processo de geração está a redução do volume da água, o mais básico de todos os bens.

	Na Europa e na América do Sul a febre aftosa põe pecuaristas em polvorosa.
A conexão entre a crise energética e a febre aftosa

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