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A CRISE NO SENADO
Três senadores
à beira de um ataque de nervos

Fernando Fernandes
Início | Parte 3

A cronologia da crise

Da violação do sigilo do painel do Senado aos depoimentos na Comissão de Ética passaram-se dez meses, dos quais é possível destacar vários momentos críticos cujos mapas - mesmo quando para horários aproximados - podem ser do interesse de astrólogos e estudantes. Listamos a seguir os principais momentos, com alguns comentários.

2000

27 de junho - Véspera da sessão em que o Senado votou a cassação do senador Luiz Estevão. Por orientação de ACM (ou não?), o senador José Roberto Arruda ordena (ou sugere?) à diretora do Prodasen que prepare a violação do sigilo do painel eletrônico do Senado. A reunião entre ambos acontece em Brasília após às 21h e antes das 23h, com chances maiores para um mapa com Ascendente em Aquário. A Lua em Touro faz oposição exata ao Marte do Senado (a Lua rege painéis, em geral). Plutão em Sagitário está a apenas seis minutos da quadratura exata com o Sol de ACM (um trânsito que exacerba o uso autocrático e manipulatório do poder).

28 de junho, 10h09 - Regina Borges, diretora do Prodasen, liga para o senador José Roberto Arruda para informar que o esquema de violação do painel de votação já estava preparado. Arruda continuaria negando tal fato até 27 de abril de 2001, quando Regina liga para o senador Eduardo Suplicy informando que dispunha de documentos da Telebrasília para confirmar a ligação.

28 de junho, à tarde - O senador Luiz Estevão é cassado em sessão que dura quatro horas. É o primeiro caso de cassação da história do Senado, indicando uma quebra do tradicional corporativismo. Anteriormente, oito senadores envolvidos em escândalos ou casos de corrupção (assassinato, desvio de recursos, estelionato, cobrança de propinas) haviam sido julgados e absolvidos por seus pares. A cassação de Luiz Estevão foi uma vitória pessoal de Antonio Carlos Magalhães, já envolvido em uma luta de poder contra Jader Barbalho. Algumas declarações após a definição do resultado: "O Senado sofreu bastante, ninguém cassa mandato com satisfação; mas escolheu certo e optou pela ética, pela decência." (dito pelo próprio ACM); "Foi uma cirurgia, tiramos um pedaço do corpo." (dito por Ney Suassuna, PMDB-PB)

Momento em que ocorre a primeira manipulação de arquivos para extração dos dados da votação da cassação do senador Luiz Estevão - 28.6.2000, 19h30 - Brasília, DF - 15s47, 47w54.

28 de junho, 19h30 - Conforme apurado meses mais tarde por peritos da Unicamp, ocorre manipulação num dos arquivos do computador que programa o painel de votação, o que volta a acontecer às 20h01 com outro arquivo. Conforme IstoÉ de 4 de abril de 2001: "(...) especialistas da Unicamp descobriram que horas depois de Estevão ter sido cassado alguém mexeu em dois arquivos dos computadores que programam o painel de votação: às 19h30, no 'senha.sen.doc', e 31 minutos depois, no 'senador.doc'." O Ascendente das 19h30 é o primeiro grau de Aquário e Netuno (fraude) está na casa 1, conjunto ao Ascendente. Tanto Netuno quanto Plutão (manipulação) fazem quincunces com planetas na casa 6 (funcionários subalternos). Há quatro planetas na casa 6, indicando que o grupo de envolvidos na violação do painel é numeroso.

29 de junho - Pela manhã é tirada um cópia, em papel sem timbre, do resultado das votações. O material chega às mãos de ACM, que, à noite, liga para a diretora do Prodasen para tranquilizá-la (segundo ele) ou para agradecer-lhe (segundo ela).

30 de junho, 13h20 - O ex-senador Luiz Estevão, cassado na véspera, é preso e levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

2001: uma eleição tumultuada no Senado


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