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Dois países amigos de minúcias Os dois países têm dificuldades para compreenderem-se mutuamente. O Canadá, com sua ênfase canceriana, é visto pelo Brasil como um país excessivamente defensivo, capaz de lançar mão de medidas protecionistas raiando a xenofobia. Já o Brasil, com sua ênfase mercuriana, é visto pelo Canadá como um adversário esperto, desonesto e um tanto amoral. O que há de comum em ambos é a dimensão virginiana, já que Virgem abriga tanto o Sol do Brasil quanto o Ascendente do Canadá. As pendências entre os dois países podem ser resolvidas pelo diálogo (Mercúrio do Brasil está no Ascendente canadense), e é provável que resultem em algum acordo bilateral extremamente minucioso e detalhado, bem à moda de Virgem. Quanto à súbita notoriedade das vacas, que saíram da tranqüilidade dos pastos para ganhar o primeiro plano nos noticiários televisivos, há que recordar que o mundo está ainda sob os efeitos do grande agrupamento planetário em Touro, ocorrido em maio de 2000. Configurações planetárias tão raras e intensas são fenômenos astrológicos de vasto alcance, que podem atuar durante períodos de pelo menos um ano, podendo chegar a mais. A concentração de planetas em Touro, verificada em maio de 2000, trouxe à tona uma variada gama de assuntos taurinos cujos desdobramentos ainda estão longe de esgotar-se. O mal da vaca louca, que voltou a atacar rebanhos europeus, é apenas um deles. Como Touro é o mais perfeito símbolo da terra e de seus processos naturais, problemas envolvendo fenômenos geológicos e climáticos têm ocorrido com mais freqüência em diversas regiões do mundo, bastando lembrar os fortes terremotos verificados em El Salvador e na Índia. Na Sibéria, registra-se o inverno mais rigoroso das últimas décadas, com temperaturas que chegam a 50 graus negativos. O frio castiga a população e mata rebanhos, fato que obrigou o governo da Mongólia a lançar um apelo de ajuda internacional.
No stellium de maio de 2000, vários planetas em Touro recebiam a quadratura de Urano em Aquário. Como Urano é um dos significadores da energia elétrica, o grande problema das populações siberianas vem sendo o de enfrentar o frio sem reservas suficientes de carvão para as usinas termelétricas. Vastas regiões russas vêm padecendo o duplo tormento do frio intenso e da absoluta ausência de eletricidade. Já nos Estados Unidos, a Califórnia, estado mais rico do país, também vem enfrentando problemas com a escassez de eletricidade e com os freqüentes apagões, fruto do baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. Os problemas de controle territorial, que são outra tônica de Touro, vêm-se agudizando em Israel, com a retomada dos conflitos entre judeus e palestinos, e na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, países antes integrantes da União Soviética e hoje envolvidos numa complicada disputa sobre a divisão de recursos naturais compartilhados. Os dois países também acusam-se mutuamente de perseguição a minorias étnicas, fruto de ressentimentos criados durante o governo de Stalin, que obrigou grandes contingentes de ucranianos e russos a deslocamentos forçados, criando áreas de atrito entre populações de diferentes etnias. Vacas loucas, terremotos, mudanças climáticas e disputas territoriais mostram que o grande alinhamento de planetas em Touro continua a liberar seus desdobramentos. No caso do Brasil, onde a concentração planetária de 2000 ativou as casas 3 e 4, as pobres vacas criadas para a gula do consumo externo viraram uma questão de segurança nacional. Conheça outros artigos de Fernando Fernandes em Constelar.
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