O Brasil expele seus venenos

Plutão tem o poder de trazer à superfície o que está escondido. Por isso, acredito que nos dois próximos anos o regime militar, a sua história e seus protagonistas estarão muito presentes na pauta de discussão. É uma maneira de a nação expelir seus próprios venenos. É lógico que tanto o exército quanto as polícias estarão em processo de transformação. É preciso que todos abram os olhos para que possamos ver a lama como também o broto da flor-de-lótus e, assim, fazer o que é necessário - mesmo que doa no início. Se assim for, as Forças Armadas e a Polícia poderão recuperar seu prestígio. Porque do contrário a violência ficará cada vez mais evidente, principalmente no Rio de Janeiro e em Curitiba, duas cidades que também passam processos regidos pela mesma força niilista.

Como o Sol está envolvido, e este astro fala da identidade do país, é possível que percamos alguém de grande carisma público e/ou político que fará a nação sentir saudade e, ao mesmo tempo, reconhecer, através da morte do herói, a sua própria identidade e força.

Tudo que foi produzido culturalmente no período dos anos 60 e 70 também será visitado e relido.

Mas não fique assustado, não. Não estamos apenas em companhia de Plutão. E, mesmo se estivéssemos, ele só pode mostrar o poder que temos em nossas mãos para fazermos o destino deste país ser revelado: o de ser uma nação. Uma nação do futuro no presente. E outra: as pessoas que sofreram o trânsito de Plutão durante os anos da Ditadura, eram da geração extremamente idealista de John Lennon. A geração Netuno em Libra, que sonhou um novo mundo para que a geração de agora, que tem Plutão em Libra, pudesse consolidar, já que Plutão altera o estado das coisas por uma questão de sobrevivência. É a geração que passou a adolescência ouvindo Legião Urbana, Cazuza, Titãs. Mas não vamos mudar de assunto, e sim voltar a este deus temido.

O temível Plutão, representado em pintura renascentista (detalhe).

Gigante pela própria natureza

Como se não bastasse o trânsito de Plutão - o Planeta da Riqueza, a Lua progredirá para um aspecto pressionante com ele em dezembro de 2001 e janeiro-fevereiro de 2001. Aqui é um momento tenso em relação à economia do país. Mais especificamente, ao que se refere a instituições financeiras, taxas públicas, projetos de saneamento e tudo mais que se refere a coleta de lixo e transportes em vias subterrâneas. Este é um período extremamente fértil para explosões de revolta popular, além de problemas diplomáticos. É curioso que, quando este aspecto aconteceu em 1920, marcou na história um crescente descontentamento social contra o sistema oligárquico que dominava o país, culminando, em 22, na Revolta do Forte de Copacabana e, depois, em 24, com o início da Coluna Prestes. Por isso, podemos pensar seriamente que disputas pela terra serão acentuadas durante todo o ano, principalmente no início, e que novos movimentos políticos gestados no ventre da população poderão vir à luz.

Esse momento de rompimento com realidades ultrapassadas, que ocorreu entre 1918 e 22, também foi marcado por Urano - o Deus da Modernidade - transitando no Ascendente do Brasil. E - adivinhe... - Urano está quase lá agora. E isso faz com que realmente o Brasil clame por mais liberdade em todo o ano, principalmente em março-abril-maio de 2002, se o grau do Ascendente estiver correto. Essa é a mesma configuração da Semana de Arte Moderna. Hmmm.... gostou, né? Eu também. Urano também faz a gente ficar mais metido com os nossos próprios valores, assim como incentiva também a pesquisa em ciência e tecnologia. O programa militar que fará a vigia de nossas fronteiras é uma expressão do bom uso da tecnologia - assunto governado por Urano - em favor da soberania. (É o que eu espero).

Porém, antes disso tudo, a gente está sendo abençoado por uma Lua progredida em Sagitário, até novembro de 2001, realçando a facilidade para o intercâmbio cultural, promovendo o crescimento dos direitos humanos e fazendo o Brasil expandir a educação e corrigir leis injustas, além de um maior crescimento da economia.

Esta Lua, no signo da expansão e troca cultural, marca uma nova espécie de imigração, devido às empresas multinacionais em solo brasileiro. É o mesmo aspecto do intercâmbio cultural feito pelos brasileiros às vésperas da Semana de Arte Moderna de 22. Sem falar que essa posição favorece exibir nossos talentos e liderança para o resto do mundo. Será que levaremos o Oscar?

Verás que um filho teu não foge à luta

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