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ENCONTRO ASTROLÓGICO DE BELO HORIZONTE
A cúpula dos deuses

Luciana Rothberg
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Doriforias: raros encontros planetários

Se a Conjunção de Júpiter e Saturno acontece com uma regularidade que acompanha o movimento das gerações (mais ou menos a cada vinte anos), o mesmo não podemos dizer de um alinhamento dos sete planetas, que pode acontecer num prazo bem mais amplo. A astronomia dá o nome de doriforia ao encontro excepcional desses sete pontos, que acontece uma ou duas vezes a cada século. No entanto, em termos astrológicos, esse encontro só tem interesse se acontecer num mesmo signo, o que torna o acontecimento mais incomum ainda.

A diferença da visão astronômica e astrológica causou algumas confusões de datas nesse alinhamento recente, que aconteceu no início de maio. Para a Astrologia, o alinhamento aconteceu ao longo do dia 3 de maio de 2000, quando, por 15 horas, tivemos os sete planetas concentrados no signo de Touro. A concentração começou quando a Lua entrou em Touro e terminou quando Marte saiu daí, passando para Gêmeos.

Alguns grupos de meditação espiritualista marcaram o dia 4 como sendo o grande dia, pelo fato da Lua Nova acontecer aí. E os astrônomos consideraram o dia 5 como sendo o mais importante, pois esse foi o dia em que a distância em graus entre os planetas era menor. Cada um com seus símbolos... pois no fundo tudo é símbolo...

Este tipo de alinhamento astrológico que chamei de "a cúpula dos deuses" indica uma reunião dos personagens principais do reino psíquico interior: O Rei (Sol) e a Rainha (Lua), a sua corte formada pelo Orador (Mercúrio), a Princesa (Vênus) e o Guerreiro (Marte), e ainda o Mago da Sorte (Júpiter) e o Velho Sábio (Saturno). Grande acontecimento!...

Na prática, é como se os planetas rápidos (luminares e pessoais) intensificassem a conjunção dos dois grandes (Júpiter e Saturno), formando uma platéia que prestigia o momento do encontro. Cada um passa e confere seus dons ao novo ciclo que se inicia.

A entrada da Lua em Touro, em 3 de maio de 2000, fez com que, durante 15 horas, os sete planetas visíveis da Astrologia Clássica estivessem no mesmo signo - um raríssimo acontecimento.

Como Saturno leva entre 29 e 30 anos para dar uma volta completa, e Júpiter leva em torno de 12 anos, é Júpiter quem faz a ultrapassagem por Saturno, representando um momento de expansão dos temas saturninos. Neste século, foi a segunda vez que o alinhamento aconteceu, e o primeiro foi em 1962, no signo de Aquário. No entanto, nessa época, a conjunção de Júpiter e Saturno tinha acontecido no ano anterior, em Capricórnio, e a diferença de signos poderia diminuir um pouco a intensidade simbólica do momento, pois o tema da nova etapa estava sendo indicado pelo local da conjunção. No caso, Capricórnio, e não Aquário.

Mesmo assim, os acontecimentos da década de 60 demonstraram, além de Capricórnio (por exemplo, a ditadura no Brasil e em diversos países), uma tonalidade também aquariana, com o movimento hippie, entre outros. Isso nos permite vislumbrar o maior impacto coletivo que a conjunção recém-ocorrida em Touro tende a ter ao longo da próxima década, pelo fato de o alinhamento dar-se no mesmo signo.

Portanto, se essa conjunção de Júpiter e Saturno no signo de Touro é a terceira e última da Mutação no elemento Terra, é também a única conjunção desse perído que acontece junto com um alinhamento astrológico. Ou seja, nos últimos 200 anos não tivemos um acontecimento igual a esse! E nem nos cem anos anteriores, no período estudado da Mutação em Fogo (a partir de 1702), nem nos cem anos que virão (até 2100), com a Mutação acontecendo em signos do Ar, não teremos um alinhamento tão concentrado como este do ano 2000.

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