Aquário e o fim dos
conceitos de espaço-tempo
O futuro é agora. O mundo está em todo
lugar. O espaço não tem mais o significado que tinha
há algumas décadas atrás, muito menos o tempo.
Quando estamos na frente de um computador, o tempo perde sua contagem
lógica, deixa de nos guiar. Assim acontece também
com o mundo: o mundo veio até nós, está em
todos os lugares. Os vínculos sociais não dependem
mais da geografia. Agora, o que importa é não ter
nada, em lugar nenhum. "Ter" implica perder a mobilidade.
A Internet é um meio que, pela sua própria
estrutura, impossibilita a censura. Apesar dos arroubos puritanos
do Estado americano, ela continua sem ter "dono". Isso
nos remete também aos ideais aquarianos.
Os limites do homem estão sendo testados, e fomos nós
que começamos com esta corrida. Podemos brincar de Deus?
O mito de Prometeu diz que não, mas agora é preciso:
já é tarde demais para retroceder. Só nos resta
ultrapassar os limites técnicos que nós mesmos criamos.
Não para alcançarmos cada vez uma técnica mais
apurada, mas para realizarmos também outro ideal aquariano,
necessário para que qualquer comunidade sobreviva: a fraternidade.
Só assim encontraremos soluções mais criativas
para este impasse.
A máquina é o pensamento materializado fora do corpo:
e o que é o nosso corpo? Ele também é perene,
assim como os bits são imateriais. Questão de percepção.
A forma norteia a nossa posição neste espaço
que ocupamos. Estamos vivenciando uma época em que a forma
não tem mais o sentido que tinha antes: cada vez mais pessoas
se conhecem tendo entre si uma tela e fios telefônicos. Onde
está realmente a pessoa, que lugar ela ocupa? Ou existe só
no virtual?
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Wilem Flusser, filósofo tcheco
que viveu no Brasil durante muito tempo, dizia que as representações
das imagens técnicas (fotografia, imagem digital) não
são representações do mundo: elas formam,
elas mesmas, um mundo próprio. O verde do bosque fotografado
não é o verde real, é o verde produzido
pela emulsão química. Vivemos em vários
mundos. O que está por vir é apenas mais um deles. |
A informática
e o advento da Internet provocaram uma reviravolta nas relações
do homem com o conhecimento e as possibilidades de troca. É
uma mudança que membra a representação
do "Destino" ou da "Fortuna", presente nas
ilustrações de muitos livros do século
XVI. |
Bibliografia
Museu da Imprensa - http://www.imultimedia.pt/museuvirtpress/
, 05/10/1998
McLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como
extensões do homem. 1964, Editora Cultrix, São
Paulo.
ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. Brasiliense,
1997, São Paulo.
RUDHYAR, Dane. Ritmo do zodíaco - o pulsar da vida.
1985, Editora Alhambra, Rio de Janeiro
O MAPA DA MINA
Astrologia e Internet
A máquina é a materialização
das idéias do homem. Assim sendo, a Internet reflete a humanidade.
Parece óbvio, mas muitos ainda não conseguem perceber
que tudo que é externo espelha o que é interno. A
Internet reflete a nossa sociedade, com todos os seus problemas
e benefícios. A Internet também reflete os movimentos
econômicos mundiais: presenciamos a criação
de um novo mercado, globalizado e neoliberal. As grandes empresas
terão o maior número de acessos, o maior volume de
anunciantes, o maior número de consumidores. Comprarão
as empresas menores e farão destas suas "parceiras".
E o que isso tudo tem a ver com Astrologia? Bom,
se defendemos que a Astrologia abarca o mundo em que vivemos, precisamos
relacioná-la também com as mudanças tecnológicas
pelas quais o nosso mundo passa.
É preciso desenvolver uma resistência
positiva: divulgar a Astrologia séria. Podemos aproveitar
a Internet para a criação de uma comunidade astrológica,
o que já é realidade.
Saiba mais sobre Daniela
Ramos.
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