Os signos de ar e os ciclos
da comunicação
Sagitário-Gêmeos:
a própria capacidade do homem de se comunicar
Áries-Libra: a socialização do conhecimento
(imprensa)
Leão-Aquário: a eletricidade, eletrônicos
e Internet |
Gêmeos-Sagitário
"No príncipio, era o verbo". No
Gênesis: "Então Deus DISSE" - "Que haja
luz. E a luz se fez. "
Como é do conhecimento astrológico,
o eixo Gêmeos-Sagitário promove dois níveis
de comunicação. A da casa 3 (vizinhos, amigos, informações)
e da casa 9, a filosofia, o "pensar" mais do que informar,
que vai se traduzir de uma outra forma também, mais complexa.
Esses dois níveis estão presentes na nossa natureza,
desde sempre. Em todos os povos existem esses dois tipos de fazer
a comunicação do homem com o homem e os vários
lugares que ocupa (Gêmeos), ou do homem com o mundo, no sentido
de compreender nossos processos (Sagitário).
O homem se comunica (Gêmeos) e busca com isso
entender a razão maior de estar aqui (Sagitário).
Tudo que é vivo se comunica de alguma forma - já dizia
o provérbio japonês "ouça as pedras crescerem"
- é só uma questão de ajustar a percepção.
Podemos classificar assim o príncipio geminiano, a capacidade
inerente de comunicação do homem: desde sempre presente,
seja na oralidade ou na gestualidade, nas vestimentas.
Sobre isso, Rudhyar exemplifica:
Gêmeos e Sagitário são signos
'mentais'. O primeiro representa a mente funcionando dentro do espaço
menor: a personalidade; o segundo, a mente funcionando dentro do
espaço maior: a sociedade.
Áries-Libra
Invenção da imprensa
A primeira impressão da Bíblia
por Gutenberg data de 6 de novembro de 1455. É
a ele que se deve a criação do processo
de impressão com caracteres móveis - "a
tipografia". Em 1450, Gutenberg entra em contato
com Johann Fust. Fust era um homem rico e emprestou
dinheiro para que Gutenberg começasse seu negócio.
Ou seja, à sua iniciativa (Áries) incorporou-se
um sócio (Libra), para que o projeto se realizasse.
No entanto, foi uma terceira pessoa,
Pedro Schoffer, que descobriu o modo de fundir (Áries)
e fabricar caracteres, aliando o chumbo ao antimônio.
A ele é creditada também uma tinta feita
de negro de fumo. No final, houve uma briga (Áries)
na sociedade (Libra) entre Fust e Gutenberg. Gutenberg
não saldou sua dívida, e Fust ficou com
o negócio.
Aqui encontramos uma característica
ariana no modo de fazer a imprensa (informação
socializada) - FUNDIR metais, a técnica.
Definição de TIPOGRAFIA:
"Arte (LIBRA) de copiar em caracteres de metal
(ÁRIES) os diferentes trabalhos próprios
da imprensa. Deriva do latim typus (forma, figura,
molde) e do grego graphos (escritura). "
Enfim, a invenção da imprensa
é atribuída a Gutenberg, não só
pela idéia dos tipos móveis mas também
pelo aperfeiçoamento da prensa ("a prensa
já era conhecida e utilizava-se para cunhar moedas,
espremer uvas, fazer impressões em tecido e acetinar
o papel"). A tipografia foi atualiazada para os
tempos digitais, saltando já para o eixo de Aquário:
é o caso do Projeto Gutenberg, que almeja
reeditar livros em versão digital, com a colaboração
de universidades.
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Leão-Aquário
O surgimento dos meios de comunicação
eletrônicos, a revolução da eletricidade e a
culminância desse processo com a Internet entram em consonância
com a entrada de Urano em Aquário. As mudanças que
vivemos hoje carregam os fortes tons de Aquário. O mass
media - o conjunto de meios de comunicação de
massa que atingem grandes grupos de pessoas - não foge disso.
Marshall McLuhan foi o primeiro a usar o conceito
de aldeia global, em 1964. É considerado um profeta pelo
meio da comunicação. É o messias aquariano,
revolucionário. São idéias que tem a ver com
o simbolismo desse signo. O fim das fronteiras físicas também
nos remete ao aguadeiro, porque a tecnologia proporcionou meios
para que o homem se descorporeificasse, e Aquário é
conhecido também pela pouca importância que dá
ao veículo corpóreo.
Abaixo, podemos perceber como as palavras de McLuhan
em Os meios de comunicação como extensões
do homem estavam conectadas com as mudanças nos meios
de comunicação neste final de século:
"Na era da eletricidade, usamos toda a humanidade
como nossa pele".
"A obsessão com as velhas estruturas de
expansão mecânica e unidirecional, do centro para a
periferia, já não tem mais sentido em nosso mundo
elétrico. A eletricidade não centraliza, mas descentraliza.
É como a diferença entre o sistema ferroviário
e o sistema da rede elétrica: uma exige terminais e grandes
centros urbanos, enquanto que a energia elétrica, presente
tanto na fazenda quanto na sala do executivo, faz com que todo lugar
seja centro, sem exigir grandes conjuntos e aglomerações."
"Tendo prolongado ou traduzido nosso sistema
nervoso central em tecnologia eletromagnética, o próximo
passo é transferir nossa consciência para o mundo do
computador."
"Os novos meios e tecnologias pelos quais nos
ampliamos e prolongamos constituem vastas cirurgias coletivas levadas
a efeito no corpo social com o mais completo desdém pelos
anestésicos." (aqui podemos perceber a face cruel de
Urano)
McLuhan diz também que a arte (Leão
e casa 5) é um alarme premonitório para entendermos
os mecanismos das novas tecnologias. "O artista apanha a mensagem
do desafio cultural e tecnológico décadas antes que
ocorra o impacto transformador".
Diz ele também:
"A arte, como o radar, atua como se fosse um
verdadeiro 'sistema de alarme premonitório', capacitando-nos
a descobrir e a enfrentar objetivos sociais e psíquicos,
com grande antecedência."
O pólo leonino tem a função
de não fazer com que nos esqueçamos do sentimento:
os computadores funcionam em combinações de 0 e 1.
Parece uma forma fria de expressão (Aquário), mas
podemos colocar aqui uma analogia com uma outra forma bem humana
de 0 e 1: o sentimento (Leão). À clássica pergunta
máxima do sentimento humano, o "você me ama?",
só existem duas respostas possíveis: ou sim ou não.
Mais ou menos não vale. O ser inquisidor não é
capaz de decodificar algo como "te amo mais ou menos"
, embora seja óbvio que os meandros da afetividade envolvam
uma gama incrível de variedade, de caminhos e de oportunidades
para finalmente poder chegar a uma resposta clara.
Aquário e o fim dos
conceitos de espaço-tempo
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