Veja como até mesmo um sério texto de divulgação científica sobre Netuno acaba confirmando o significado astrológico desse planeta.
Após a descoberta de Urano, verificou-se que sua órbita não era o que deveria ser, de acordo com as leis de Newton. Previu-se, portanto, que um outro planeta distante devia estar perturbando a órbita de Urano. Netuno foi observado pela primeira vez por Galle, em 1846, exatamente no ponto previsto, separadamente, por Adams e Le Verrier , a partir de cálculos baseados nas posições observadas de Júpiter, Saturno e Urano. Uma disputa internacional surgiu entre Adams e Le Verrier em torno da prioridade da descoberta e do direito à escolha de um nome para o novo planeta. Credita-se, hoje, a ambos o mérito da descoberta de Netuno. Observações subsequentes mostraram que as órbitas calculadas por Adams e Le Verriers divergem de imediato da verdadeira órbita de Netuno. Se a busca do planeta tivesse acontecido alguns anos antes ou depois, ele não teria sido descoberto em nenhum ponto próximo ao local previsto.
Netuno foi visitado por uma única nave espacial, a Voyager 2, em 25 de agosto de 1989. Quase tudo que sabemos sobre Netuno vem desse encontro.
Pelo fato de a órbita de Plutão ser tão excêntrica, ela às vezes cruza com a órbita de Netuno. Desde 1989, Netuno é realmente o planeta mais distante do Sol; Plutão será novamente o mais distante em 1999.
A composição de Netuno provavelmente é semelhante a de Urano; vários "gelos" e rochas com cerca de 15% de hidrogênio e um pouco de hélio. Como Urano, mas diferente de Júpiter e Saturno, parece não ter um núcleo distinto, mas ser mais ou menos uniforme em sua composição. Sua atmosfera é basicamente hidrogênio e hélio, com uma pequena quantidade de metano.
A cor azul de Netuno é o resultado da absorção de luz vermelha pelo metano na atmosfera.
Como um típico planeta gasoso, Netuno tem ventos rápidos, confinados às faixas de latitude, e grandes tempestades ou vórtices. Os ventos de Netuno são os mais rápidos do sistema solar, atingindo 2000 km/h.
Como Júpiter e Saturno, Netuno tem uma fonte de calor interna - irradiando quase duas vezes a quantidade de calor que recebe do Sol.
Na época do encontro com a Voyager, a formação mais proeminente era a Grande Mancha Escura (foto 18). Tinha cerca da metade do tamanho da Grande Mancha Vermelha de Júpiter (aproximadamente o mesmo diâmetro da Terra). Os ventos de Netuno empurram a Grande Mancha Escura em direção oeste, a 300 metros por segundo (700 mph). A Voyager 2 também viu uma pequena nuvem branca irregular - hoje chamada de "Vespa", que faz um giro veloz ao redor Netuno a cada 16 horas, aproximadamente. Provavelmente, é uma pluma que se eleva de uma camada inferior da atmosfera, mas sua verdadeira natureza permanece ignorada.
Contudo, as observações de Netuno pelo Hubble Science Telescope, em 1994, mostram que a Grande Mancha Escura desapareceu! Ou simplesmente dissipou-se ou está atualmente mascarada por outros aspectos da atmosfera. Alguns meses mais tarde, o HST descobriu uma nova mancha escura no hemisfério norte de Netuno. Isso indica que a atmosfera de Netuno muda rapidamente, talvez devido a pequenas mudanças nas diferenças de temperatura entre as cristas e as bases das nuvens.
Netuno também tem anéis. Observações feitas em terra mostraram apenas arcos tênues, e não anéis completos. Mas as imagens da Voyager 2 mostraram que esses arcos são anéis completos com grumos brilhantes.
Como Urano e Júpiter, os anéis de Netuno são muito escuros, mas sua composição é desconhecida.
O campo magnético de Netuno, como o de Urano, é estranhamente orientado e, provavelmente, gerado por movimentos mais perto da superfície do que do centro do planeta.
Netuno pode ser visto com binóculos (se você sabe exatamente para onde olhar), mas um grande telescópio é necessário para se ver mais que um pequeno disco. Os mapas localizadores de planetas de Mike Harvey mostram a atual posição de Netuno (e dos outros planetas) no céu, mas mapas muito mais detalhados são necessários para efetivamente encontrá-lo.