Um
olhar brasileiro em Astrologia
Edição 139 :: Janeiro/2010 :: - |
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MEMÓRIA DA ASTROLOGIA BRASILEIRAA última palestra de Valdenir Benedetti
Lua, criança interior, autorização para ser feliz. Este foi o tema da última palestra de Valdenir Benedetti, cujo vídeo Alexey Dodsworth recuperou e compartilha agora com toda a comunidade astrológica brasileira. Num ano com tantas perdas entre os astrólogos brasileiros, um presente inesperado. Valdenir Benedetti, morto por um infarto fulminante em julho de 2009, teve sua última palestra, apenas um mês antes, gravada por uma câmera doméstica e despretensiosa de Alexey Dodsworth. A palestra aconteceu em 6 de junho de 2009, no centro de convenções do Hotel Atlântico, em Copacabana, como parte da versão carioca do Circuito Nacional de Astrologia, organizado pela CNA - Central Nacional de Astrologia. Nela estão presentes as melhores qualidades de Valdenir: o senso de humor, aqui exibido de forma aguda em diversos momentos; a organização lógica e didática do conteúdo; a disposição sempre provocativa; e, por fim, o prazer de compartilhar conhecimentos, visível na expressão de Val, e de criar com a plateia um vínculo de cumplicidade. É uma palestra alegre, fluente e cheia de propostas relevantes, apesar da aparente simplicidade. Uma despedida em grande estilo. As fotos deste artigo são fotogramas congelados do próprio vídeo. O texto de apresentação - Nota de Florescimento - foi enviado por Alexey Dodsworth à lista de discussão Solstix, em 22 de dezembro, quando o vídeo foi disponibilizado no Youtube. Os textos que resumem o conteúdo de cada parte da palestra foram preparados por Fernando Fernandes. A palestra encontra-se dividida em cinco vídeos, totalizando pouco mais de 40 minutos. A qualidade da imagem é precária, tendo em vista as condições em que o vídeo foi captado: uma sala semi-obscurecida, com iluminação apenas indireta. Em compensação, o som é de ótima qualidade.
Primeira parte do vídeo: a função da LuaA Lua simboliza o princípio responsável pelas funções biológicas da vida. É como se a Lua, simbolicamente, regesse os "programas" que mantêm funcionando todos os sistemas orgânicos. Quando algum desses sistemas é ameaçado, o princípio lunar entra em ação, disparando mecanismos de defesa que vão lutar contra vírus, bactérias e outros agressores externos.
Da mesma maneira, nosso princípio lunar também é encarregado da supervisão dos processos psíquicos por onde passam ideias e emoções. É como se a Lua tratasse idéias da mesma forma como trata processos biológicos: basta que algo ameace nosso modelo habitual de pensar, para que o princípio lunar entre em ação no sentido de restaurar o statu quo, o modelo já conhecido e sedimentado. Assim, Valdenir fala da função da Lua como um "padrão de conforto" que evita tudo aquilo que ameace nossa estrutura biológica e, por analogia, também a estrutura psíquica construída na primeira infância. Val lembra que o ser humano só se permite a mudança até a primeira quadratura de Saturno, por volta dos sete anos. A partir daí, o processo de internalização dos valores sociais tende a deixar-nos mais rígidos. "Adultos não se transformam", afirma Val, "no máximo fazem um upgrade de si mesmos". A família, na condição de representante da ordem social, encarrega-se aos poucos de domesticar o ser livre que existia dentro da criança e a torná-la um ser integrado, previsível e incapaz de representar uma ameaça. Segunda parte: o mecanismo da alienaçãoO palestrante lembra que só em alguns raros momentos da vida adulta conseguimos recuperar a autonomia e liberdade da criança. Entre esses momentos estão, por exemplo, os estados de plenitude e integração que acompanham os processos de meditação. Segundo Val, "só quando a criança interior é libertada que se pode sentir o êxtase de estar presente". É preciso entender como funcionam os impedimentos da criança interior. A Lua no mapa representa essa criança. Mas há que observar que a Lua também está vinculada à preservação da vida e à reprodução de padrões. Consequentemente, simboliza processos extremamente complexos, como o conjunto de fatores que, ao longo da educação da criança, vão moldando sua progressiva domesticação, que se dá pela internalização de culpas, temores, restrições e negações. O signo é um indicador universal, enquanto a casa é um fator de particularização e determinação local. Portanto, o signo em que a Lua se encontra em cada mapa é a chave genérica para a compreensão de como se dá a socialização do indivíduo, cujos mecanismos acabam sempre bloqueando a manifestação da criança interior. O posicionamento da Lua em cada signo expressa doze formas de bloqueio e alienação, cristalizando também padrões comportamentais que nada mais são que defesas contra as agressões emocionais sofridas na primeira infância. Esquematicamente, os doze padrões poderiam ser assim definidos: Lua em Áries, a criança perseguida - quando criança, não lhe dão trégua. É permanentemente "cutucada" para correr na frente e não ser tratada como incapaz. É desafiada a provar que pode ser boa em alguma coisa. Quando adulta, continua competindo mesmo que não perceba. Acredita que precisa vencer, ser a primeira, a campeã de algo, para merecer ser amada. |
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