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ENFOQUES DIDÁTICOS

Estabelecendo a distribuição dos elementos

Eduardo Rocchigiani

 

Quando iniciamos a interpretação de um horóscopo, a distribuição dos elementos (Fogo, Terra, Ar e Água) nos dá algumas noções preliminares. É um esquema geral que pode ser utilizado como referência para uma interpretação mais refinada.

Três planetas em Fogo e três planetas em Terra: como avaliar na prática?

É um erro, ao se estabelecer a distribuição dos elementos num mapa, simplesmente englobar os planetas encontrados nos elementos. Estaríamos ignorando o fato de que alguns planetas são individualmente mais importantes do que outros, segundo a sua localização por signo, casa e seus aspectos. Automaticamente os planetas pessoais (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, o regente do Ascendente e o regente do signo solar) desempenham o papel mais importante. Júpiter e Saturno permanecem por um certo tempo no mesmo signo (Júpiter de 6 a 18 meses, Saturno aproximadamente 2 anos e meio em cada signo), portanto devem ser consideradas com menor importância (a menos que façam parte de alguma configuração aspectária importante com um dos planetas pessoais, ou sejam regentes do Ascendente ou do signo solar).

Uma vez que encontremos um elemento (ou dois) que se destaca (portanto mais importante para a consciência), os demais elementos devem atuar em nível subconsciente, ou ainda inconsciente. Chamamos a atenção para o fato de que uma diferença expressiva na distribuição energética (por exemplo, a maioria dos planetas em signos e casas de Fogo e Ar) resulta numa transferência de energia psíquica para o elemento inconsciente. Quando o inconsciente toma a dianteira, simultaneamente o consciente estará funcionando, porém de uma forma inadequada, numa base de compensação sincrônica; é aí que fazemos de forma "ciente" coisas que não queríamos fazer, dizemos besteiras (e o arrependimento vem imediatamente depois de proferidas as palavras) e agimos de forma contrária a nossa própria razão e nossa maneira habitual de ser diante de uma mesma situação.

Um elemento faltante tanto por signo quanto por casa deve levar à devida atenção, pois ele se manifestará fortemente como fator inconsciente: As funções a ele relacionadas funcionam com lentidão, gerando aborrecimentos ao nativo; os signos e casas deste elemento faltoso mostram a área onde somos vulneráveis e por isso tendemos a evitá-las; tais funções elementares não estão sujeitas ao nosso controle, e nem mesmo à nossa percepção (não há planetas), funcionam sempre de modo repentino, emergindo nos momentos mais inesperados. Atenção especial nas altas latitudes, onde apresentam-se casas mais longas (inclusive com signos interceptados) e casas mais curtas. É importante que os elementos do eixo dos signos interceptados estejam bem representados na distribuição dos planetas pelo mapa. Através dos aspectos às cúspides das casas vazias podemos verificar também como a psique inconsciente atua.

Um planeta situado em elemento não-dominante age em nível subconsciente.

As casas devem ser incluídas em qualquer diagrama de distribuição dos elementos. Assim como classificamos os signos do zodíaco pelos elementos, podemos distribuir os elementos pelas casas, correspondendo a casa 1 ao Fogo, a 2 ao Ar e assim por diante. Mas não podemos registrar o Ascendente e o Meio do Céu na seção "casas", pois trata-se de cúspides de casas. Um horóscopo no qual o nativo tenha a distribuição natural dos signos pelas casas, ou seja, onde Áries ocupa a casa 1 e Peixes a 12, cria uma distribuição elementar por casa muito forte, portanto significativa.

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