Nascido em Maceió em 27 de janeiro de
1949, às 20h, Djavan é um aquariano com Ascendente
em Virgem. Seu mapa apresenta uma peculiaridade notável:
nenhum planeta encontra-se em signo do elemento Água. Então,
como explicar a presença constante de imagens relacionadas
à água em suas canções?
Eis os pontos fortes da carta natal de Djavan:
- Stellium de Júpiter, Vênus e Lua em Capricórnio
na quinta casa.
- Sol em 7º de Aquário, na quinta casa.
- Marte em conjunção com Mercúrio, em 18º
e 19º de Aquário, na sexta. Plutão a 15º
de Leão na doze.
- Netuno a 15º de Libra.
- Meio do Céu em 17º de Gêmeos.
- Triângulo de Ar, ênfase nos elementos de Terra e Ar.
Nenhum ponto ou planeta em signos de Água.
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Djavan - 27.1.1949, 20h - Maceió,
AL - 9s40, 35w43. |
No ano de 1981 o artista lançou o disco
Seduzir, no qual é consagrado com dois hits
que são Seduzir e Faltando um pedaço.
Djavan é reconhecido pelo público por sua originalidade
tanto na música quanto na poesia. Nesse ano e também
em 1982 ganhou o prêmio de melhor compositor pela Associação
Paulista dos Críticos de Arte.
Em 1981, nos meses de março e agosto,
Júpiter e Saturno em Libra, juntos, fazem trígono
com o seu Sol natal: é uma fase de reconhecimento, expansão
e consolidação de seu nome como grande autor, cantor
e compositor.
Na canção Faltando um Pedaço Djavan
faz uma referência a um tema que é uma constante em
sua obra e, com belas metáforas, parece querer explicar ou
definir as variadas faces do amor, sua complexidade, dores, êxtases,
descaminhos etc. Seria a falta do elemento Água na carta
natal que o faz criar imagens tão ricas a respeito de amor
e relacionamento?
Na letra dessa canção ao final temos:
(...) O amor e a agonia
Cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio
O cio vence o cansaço
E o coração de quem ama
Fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando
Que nem o meu nos seus braços.
A imagem de um coração minguante parece
falar desta falta, e é também uma característica
da sua Lua, que estava na fase minguante/nova no dia de seu nascimento!
Na canção Seduzir é interessante notarmos
que ao final há de novo a referência do tema água:
Vou andar, vou voar
Prá ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar
encheria o que eu tenho de fundo.
A música intitulada Água diz:
(...) Água pra encher
Água pra manchar
Água pra vazar a vida
Água pra reter
Água pra rasar
Água na minha comida
Água
Aguaceiro
Aguadouro...
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Em 1989, com Júpiter transitando em
Gêmeos, fazendo trígono ao Sol, Marte e Mercúrio
de Djavan, passando pela sua décima casa, ganhamos
a música Oceano:
(...) Assim que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão...
E é para lá onde todas correm:
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Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você desagua em mim
E eu oceano...
Oceano aqui aparece como um adjetivo (eu oceânico)
e também como um verbo, um vir a ser, uma metáfora
no lugar de um substantivo, algo criativo, que o lirismo do autor,
ou a licença poética, permitem. É o Sol de
quinta casa regente da doze, um eu oceânico, coletivo, transpessoal,
mítico, indiferenciado...
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Kawall.
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