Quem dá o tom da guerra? Peixes no Ascendente
ou Marte em Capricórnio? (E será que isso faz alguma
diferença para as vítimas?)
Uma guerra confusa com a
cara de Peixes
Sem d úvida há um underline capricorniano
na tática iraquiana, mas o que fica mais visível nessa
guerra é o Ascendente Peixes. As palavras que mais ouvimos
no noticiário são "ambush", "sabotage",
"disguise", todas pertencentes ao vocabulário pisciano:
iraquianos agindo de tocaia, disfarçando-se e imiscuindo-se
entre a população civil para confundir o exército
americano, levantando bandeiras brancas e atacando quando os soldados
aproximam-se etc. A guerra prossegue à margem dos "rules
of engagement", situação que deve perdurar até
o final do conflito.
Tivemos até uma série de "friendly
fires", com ataques de ingleses contra americanos e vice-versa.
Até sabado passado, por exemplo, a Inglaterra havia perdido
18 soldados no conflito, 16 dos quais haviam sido mortos em "friendly
fire", isto é, foram mortos "por engano" pelos
americanos (por engano: Peixes outra vez). Toda guerra registra
"friendly fire", mas essas ocorrências são
raras. Essa guerra registra mais do que a média, registra
também bombas que não funcionam por motivos desconhecidos
(vejam o que ocorreu na Arábia Saudita, onde o ataque americano
a partir daquele país acabou em chabu: as bombas não
chegaram ao território iraquiano, explodiram bem antes na
própria Arábia. Motivo? Mistério (Peixes)!
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Até mesmo a maneira como ocorreu e foi divulgado
o primeiro bombardeio, situação bem diferente da Guerra
do Golfo. Naquele conflito os EUA fizeram a primeira incursão
em território inimigo às 2h30 da manhã (hora
local de Bagdá, 17 de janeiro de 1991); o ataque foi massivo
e não deixou dúvidas de que a guerra havia começado.
Não houve necessidade alguma de confirmação
oficial, as imagens eram óbvias. Dessa vez a confusão
foi geral, a imprensa reportando bomba que caiu aqui, outra ao norte,
alguém escutou algo a leste, Bagdá foi bombardeada,
não, não foi, enfim... O início da guerra só
pôde ser confirmado a partir do discurso do cowboy às
3h15 da manhã (EST), e até hoje existe dúvida
(Peixes) sobre o local onde caiu a primeira bomba (Mossul? Arredores
de Bagdá?...).
E mais: tropas na tv dizendo que o governo vendeu
a eles a guerra como "a piece of cake" - algo fácil,
descomplicado. "Quando chegarmos ao Iraque a população
nos receberá de braços abertos, essa guerra não
dura mais do que duas semanas." Yeah, right!... A realidade
é bem diferente, conforme o que sabemos agora. Até
mesmo quando encontram populações amistosas são
obrigadas a não apoiar o movimento local por falta de informações
sobre "quem está por trás" daquele movimento
de oposição. Apoiar qualquer oposição
visível pode ser um erro fatídico, outra situação
tipicamente pisciana.
Durante a primeira semana de conflito até
mesmo o índice Dow Jones subiu, a expectativa do mercado
era de uma guerra rápida, expectativa que desabou na segunda
semana, com o indice perdendo 3,5% de seu valor nominal quando ficou
claro o caráter dessa guerra: imprevisivel (assim como tudo
com forte caráter pisciano); o cowboy já revelou oficialmente
que a guerra pode durar meses, que mais tropas serão enviadas
ao local (algo que não fazia parte dos planos, fala-se hoje
em "deployment" de outros 200 mil soldados!...).
Como essa guerra tem caráter imprevisível,
a possibilidade de alastramento do conflito é algo que deve
ser levado em consideração, com outros países
do Oriente Médio enviando tropas ou comandos guerrilheiros
ao Iraque (Síria já tentou sua primeira incursão,
fornecendo armas). Fato é que não vejo como os Estados
Unidos e o Reino Unido possam impedir o alastramento do conflito,
caso a guerra dure mais do que o programado.
Outro aspecto importante do caráter pisciano
dessa guerra: confusão total nas informações...
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