Desde os tempos mais remotos, o Homem se preocupa
com seu destino, com o porvir. Uma das três perguntas mitológicas
da Esfinge, "Para onde vais?", vem nos desafiando ano
após ano, século após século. Toda a
humanidade tenta descobrir os misteriosos mecanismos que conduzem
a nossa evolução. A partir daí, então
foram surgindo as técnicas de adivinhação,
algumas bem simples, outras mais complexas, como a Astrologia, que
vem sempre caminhando, ora à frente, ora ao lado da ciência
profana.
Mas no que a Astrologia vem auxiliando nossa evolução?
Dependendo de cada caso, surgem várias respostas. Quando
se perguntar a um homem que não se importa (ou que aparenta
não se importar) com o seu destino, ele lhe dirá:
"Isso é bobagem. Não acredito que os astros possam
influenciar nossa vida." Não vamos criticá-lo
por isso. Quem estuda sobre os mistérios do céu e
da terra, sabe muito bem que a Astrologia não é a
única chave do conhecimento. Existem outras, que podem nos
auxiliar, mesmo que não tenhamos consciência disto.
Conhecimento
sem ação gera somente o "conformismo".
Sabemos que algo irá acontecer, mas, se está escrito
nas estrelas, se os astros o predizem, o que poderemos fazer?
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Agora partamos para o outro lado da moeda: vamos
ao caso daqueles que acreditam na Astrologia. O que veremos então?
Teremos à nossa frente aqueles que somente conhecem alguma
coisa, como por exemplo seu signo solar (talvez seu ascendente também),
e que todos os dias buscam nos jornais ou nas revistas palavras
reconfortantes para aliviar sua dura vida diária, recheadas
de problemas e insatisfações. Ao lado, vemos um outro
grupo que vai um pouco mais à frente, que conhece alguns
aspectos importantes do seu mapa natal e que tenta aos poucos se
embrenhar naquele imenso abismo de informações que
lhe são passadas a respeito das tendências físicas
e psicológicas determinadas no seu nascimento e nos aspectos
diários, como trânsitos, sinastrias etc. No último
grupo, vemos então os profundos estudiosos da mais insondável
das ciências não profanas. Aqueles que empregam toda
a sua vida em estudar o caminho dos astros e suas influências
nas pessoas e no mundo.
Faremos então uma pergunta a cada um esses
três grupos: "Em que a Astrologia ajuda em suas vidas
diárias?" O primeiro grupo responderá: "Precisamos
saber com antecedência o que vai acontecer no dia de hoje
ou nos próximos dias. Pode ser um problema no trabalho, um
amor inesperado que irá começar, alguma sorte no jogo
etc..." O segundo grupo responderá: "Precisamos
saber com antecedência o que irá acontecer nos próximos
dias, meses ou anos. Pode ser um problema de saúde que surgirá,
ou um casamento por vir, um novo trabalho etc." O terceiro
grupo responderá: "Precisamos saber que rumo o mundo
e toda a humanidade está tomando nos próximos anos,
séculos e milênios."
Agora percebemos a enorme diferença que se
apresentou nas respostas de cada grupo: para cada um existe um tempo,
começando com dias e terminando com milênios. Isso
é errado? Responderemos: "Não!" Para cada
grupo, há horizontes diferentes. Um menos espaçado
e outro mais espaçado. Mas qual a grande semelhança
que se apresentou nas entrelinhas das suas respostas? Eles só
querem "saber". Claro, quem sabe tem o dom do conhecimento
e pode fazer a maior diferença numa hora decisiva. Mas somente
saber pode realmente ser um diferencial? Responderemos mais uma
vez: "Não!" O que faz a diferença é
a "ação". Quando se alia o conhecimento
com o poder da ação, ocorre o que se chama de "transformação".
Conhecimento sem ação gera somente o "conformismo".
Sabemos que algo irá acontecer, mas, se está escrito
nas estrelas, se os astros o predizem, o que poderemos fazer?
Esta é a estrada errada que muitos de nós
trilhamos quando se estuda Astrologia. Poucos realmente têm
a noção da "transformação",
que vem adjunta quando aumentamos nossa "consciência".
Aquele que é consciente, ao saber que a estrada pela qual
está caminhando possui uma ponte podre e que essa ponte está
a ponto de desmoronar, busca os meios necessários para consertar
a ponte e poder passar por ela tranqüilo. Aquele em quem a
consciência ainda não atingiu o grau necessário
para a transformação, tentará em vão
buscar outro caminho, mas ele mal sabe que todos os caminhos conduzirão
à ponte. Aí ele, cansado, tenta passar por ela e despenca
rio abaixo. Aquele que consertou a ponte não só fez
um trabalho para si mesmo, mas ajudou aos outros viajantes que virão
após, e que não terão mais problemas em passar
por ali. Aquele que caiu no rio pode morrer afogado ou nadar até
a outra margem e seguir seu caminho. Ele vai continuar sua viagem,
mas estará molhado e cansado, e com certeza não se
esquecerá daquele acidente. Os viajantes que virão
após encontrarão a ponte despencada e terão
que buscar outras alternativas para seguir sua viagem.
A analogia pode ser pobre, mas reflete muito
bem como devemos trabalhar o conhecimento que nos é dado
com a Astrologia. Temos que fortalecer nossa vontade e engradecer
nossa consciência para que possamos trilhar, ao invés
da Astrologia-Conformismo, a Astrologia-Transformação.
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Machado.
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