Em meio ao sobe e desce de bolsas de valores,
alta do dólar e campanhas para sucessão presidencial,
o Brasil suporta a pressão do FMI e tenta definir seu futuro
num mundo incerto, onde a política de George W. Bush está
pouco se lixando para o meio ambiente, a política global
e os mercados emergentes.
Uma análise envolvendo os mapas do Brasil,
Estados Unidos, bolsas de valores e o do presidente Bush na conjuntura
atual não reflete apenas o estado crítico em que a
economia e a política se encontram em todo o planeta. Também
aponta para a necessidade premente de redução da dependência
brasileira ao capital norte-americano. Mas fiquem calmos: este não
é um discurso de candidato em campanha. Trata-se da preocupante
observação sobre a seqüência de aspectos
tensos envolvendo fatores violentos no mapa da maior potência
mundial. Aqui vamos tratar da descrição de tendências
para os meses vindouros, tendências cujo colorido já
começou a surgir aqui e acolá nas quedas violentas
das bolsas em julho de 2002 e na incerteza dos mercados.
Há um lado positivo nisto tudo, embora ele
não seja tão cor-de-rosa assim: com a moeda brasileira
se desvalorizando, fica mais fácil para o investidor estrangeiro
optar pelo mercado nacional. Da mesma forma, produtos brasileiros
ficam mais baratos para o consumidor de países de moeda forte,
o que dá um refresco na balança comercial. Mas isso
pode ser um dado ilusório até o início de 2003.
Como veremos ao longo desta matéria, a situação
econômica do Brasil só terá uma estabilidade
relativa em meados do ano que vem. Uma publicação
que tratasse exclusivamente de finanças e de aconselhamento
aos investidores certamente teria reservas em publicar esta matéria,
posto que os prognósticos correm o risco de se autocumprirem
se forem aceitos sem questionamentos por investidores mais influenciáveis.
O importante inicialmente é saber que qualquer
investimento feito no momento deveria, em tese, prever lucros de
médio a longo prazo, muito provavelmente esta segunda opção.
Mesmo com os esforços do Banco Central para conter a alta
do dólar e nas negociações para que o FMI injete
dinheiro no país, os ciclos planetários não
estão indicando um crescimento tranqüilo e facilmente
previsível. Pode haver, sim, um certo crescimento, mas é
preciso uma boa preparação para os sobressaltos que
o governo Bush reserva ao mundo inteiro.
O desenrolar da luta pela
estabilidade financeira do Brasil
Sobre o mapa da Independência do Brasil: Saturno
em trânsito está em quadratura com Plutão radical
(na casa 2). Num primeiro momento o aspecto ocorre de setembro ao
final de novembro de 2002. Em 2003, o aspecto torna a ocorrer em
função do retorno ao movimento direto de Saturno.
Os meses mais críticos do aspecto serão maio e junho.
O mesmo trânsito ocorreu durante o governo Geisel, em 1974,
marcado por uma grave crise econômica, especialmente relacionada
ao petróleo. Este trânsito, hoje, não significa
uma repetição exata da conjuntura anterior nem uma
crise exclusivamente ligada ao setor petrolífero. No entanto,
não se pode descartar tal possibilidade, pois o aspecto aponta
para restrições e dificuldades na maior parte das
áreas que lidam com grandes movimentações monetárias,
mineração e exploração de riquezas.
Retomando: é possível que haja em 2003
algo semelhante às crises de 74 (repito: semelhante, não
idêntico) em função de algum tipo de problem
envolvendo países árabes, tal qual aconteceu em 74.
No setor petrolífero uma provável crise não
deve ter a mesma proporção de antes, pois desde então
foram criadas alternativas para a falta de combustível. Acrescente-se
o fato de que a conjuntura temporal é diversa. Um olhar mais
otimista veria que em 1944, quando ocorreu o mesmo aspecto, tivemos
crescimento econômico, com o processo de industrialização
do Brasil no governo Vargas e a injeção de capital
estrangeiro. Mas, em se tratando de uma combinação
de aspectos ocorrendo simultaneamente, 1944 e alguns anos anteriores
foram mais promissores. Ainda assim não se pode esquecer
que aquele foi o ano em que o Brasil enviou tropas à Europa
para lutar na II Guerra devido a pressões dos Estados Unidos.
Igualmente foi um período que coincidiu com a gradativa perda
de poder do presidente.
Saturno x Mercúrio:
o investidor anda mais cauteloso
Investimentos: os de baixo risco parecem ser uma
alternativa mais viável para a grande maioria dos investidores.
As bolsas de valores tendem a operar por mais tempo em baixa que
em alta, o que logicamente pode favorecer a compra de ações
de bom potencial de lucro. Contudo, é preciso pensar duas
vezes antes de fazer um investimento pesado contando com grandes
e duráveis altas. As bolsas e os investidores (nem dá
para separar uma coisa da outra) ainda estão sujeitos a grande
instabilidade, tendendo a verdadeiros altos e baixos de "humor"
ainda por muitos meses de 2002 e 2003. E isso numa freqüência
um tanto desconfortável para quem não quer ficar em
constante estado de ansiedade. Primeiramente, a tendência
conservadora do mercado (e "mercado" deriva de "Mercúrio")
leva a baixos índices nas bolsas. O efeito é análogo
ao "conservador" Saturno em trânsito em quadratura
com o Mercúrio radical do Brasil, que acontece nos períodos
julho-agosto 2002 (até dia 15) e dezembro de 2002 a maio
de 2003.
Note-se que o período julho-agosto visto no
mapa da Independência do Brasil coincide com as notícias
de maquiagem nas contas de megaempresas norte-americanas e a queda
abissal de índices como o Dow Jones e Ibovespa. A tais quedas
seguem-se alguns dias de euforia em vista da corrida para a compra
de ações em preço bastante acessível,
mas há um componente desestabilizador em aspecto com um significador
de recursos nos mapas do Brasil e dos EUA. Para o Brasil, a Lua
em progressão secundária realiza dois quincunces:
com Vênus e Lua radicais. O aspecto vai de julho a outubro
de 2002. E todo o período coincide com a corrida presidencial,
com a divulgação de pesquisas eleitorais que ora animam,
ora apavoram o mercado. Falando nisso, muita água ainda vai
rolar até o dia da eleição. Como veremos mais
adiante ao tratarmos dos mapas dos candidatos, as pesquisas eleitorais
devem alterar seus índices até outubro.
Voltando à instabilidade da economia e tornando
a falar dos EUA, seu mapa mostra a conjunção de Urano
em trânsito com a Lua radical em Aquário. A Lua norte-americana
rege a casa 8 de seu mapa. Os recursos compartilhados são
apontados como um dos principais significados da oitava casa de
um mapa astrológico. No mapa de uma entidade coletiva como
um país, isto é relacionado à cobrança
de taxas, impostos e, é claro, ao conjunto de recursos agregados
por acionistas de grandes empresas. Uma vez que a conjunção
Urano-Lua é típica de uma fase de instabilidade e
de humores extremos, momentos tanto de euforia quanto de depressão
alternam-se fortemente em mínimo espaço de tempo.
O público investidor é associado à Lua. É
uma associação bastante lógica, pois, quando
analisamos gráficos de variação nos índices
de compra e venda de ações, vemos que durante um único
mês há alterações diárias que
muito se assemelham a marés (veja abaixo).
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Gráfico do Índice Bovespa -
extraído do site da Bovespa. As variações
cíclicas dão ao gráfico um toque lunar. |
A conjunção Urano-Lua no mapa dos EUA
vai até novembro de 2003, devido ao movimento retrógrado
de Urano, que já passou pela Lua algumas vezes desde o início
de 2002. O que isto tem a ver com o Brasil? Tudo. O mercado financeiro
brasileiro sofre forte influência do norte-americano. Várias
empresas brasileiras são controladas por empresas como a
Worldcom, por exemplo, e se o mercado de lá sofre, o daqui
estrebucha. É verdade que as variações durante
um único mês podem dar a impressão de que vale
a pena sair correndo para vender aqui e comprar acolá, mas
o mercado, que já é normalmente reativo, está
com algo semelhante a um excesso de excitação nervosa.
Estados Unidos em guerra novamente?
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