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O ALCANCE DE UMA CARTA ASTROLÓGICA
A morte de Jango vista
na carta de Getúlio Vargas

Raul V. Martinez


Neste último artigo da série iniciada em Constelar n. 37, Raul retoma a hipótese de que o ex-presidente João Goulart era filho ilegítimo de Getúlio Vargas e tenta uma nova confirmação, desta vez verificando como a morte de Jango, ocorrida em 1976, já estaria prefigurada no mapa de seu suposto pai, nascido em 1882.

O testemunho de Jung

Do artigo escrito por Gret Baumann Jung, filha de Jung, com o título O Horóscopo de Jung, publicado pela revista Planeta número 35-A (dedicada ao Centenário do Nascimento de Jung) - Editora Três, São Paulo, 1975:

Novamente vemos como ele foi fiel a seu horóscopo. Pouco antes de sua morte, falávamos sobre horóscopos e meu pai notou: O engraçado é que essa coisa danada funciona até mesmo depois da morte. E de fato, logo após sua morte o MC em progressão fez um trígono exato com Júpiter nativo. Num momento como esse pode-se ficar famoso. Seu livro Memórias, Sonhos, Reflexões, então recém-publicado, tornou-se um best-seller.

A seguir serão vistos trânsitos, direções simbólicas e retornos, considerando a carta de Getúlio e a morte de Jango - embora Getúlio tenha se suicidado 22 anos antes!

Getúlio (esquerda) e Jango (direita): pai e filho?

NOTA DE CONSTELAR:
O mapa de um homem morto continua "ativo"?

O alcance de um mapa astrológico não se encerra com a morte do indivíduo. Eventos de alguma maneira relacionados àquela personalidade continuam a ocorrer em consonância com os trânsitos, as progressões e as direções que afetam sua carta de nascimento. São tais ativações que podem explicar, por exemplo, por que alguém, vários anos - ou décadas - após sua morte obtém um inesperado sucesso, tornando-se popular entre as novas gerações, ou, ao contrário, cai em desgraça e passa a ser alvo de ferozes críticas.

No primeiro caso estaria, por exemplo, o último czar da Rússia, Nicolau II. Fuzilado pelos bolcheviques e execrado durante gerações, sua imagem passou por uma releitura no início dos anos 90, após o fim da União Soviética, na esteira da restauração dos símbolos da velha Rússia e do surgimento de uma onda de nostalgia em relação à extinta família real. Já na situação oposta estaria o líder soviético Josef Stalin, falecido em 1953 e tratado com um certo respeito até o início dos anos 90. Com o fim da União Soviética, estátuas do velho ditador foram postas abaixo e ruas que levavam seu nome foram rebatizadas. Em 1991, Stalin e Nicolau II já estavam mortos há décadas, mas seus mapas continuavam recebendo ativações que guardam ressonância com as reviravoltas nas respectivas imagens públicas.

A expressão mais adequada, aliás, não seria receber ativações, e sim interagir com eventos astrológicos de vária natureza, inclusive com o mapa de outros indivíduos. Assim, não espanta que Raul Martinez defenda que a morte do ex-presidente João Goulart possa ser vista no mapa... do também ex-presidente Getúlio Vargas! Para melhor compreender esta hipótese, é preciso lembrar o artigo O mistério do nascimento de Jango, publicado em duas partes nas edições 37 (julho/2001) e 38 (agosto/2001) de Constelar, cujo conteúdo assim poderíamos resumir:

· Não há certeza sobre a data exata do nascimento do ex-presidente João Goulart (que governou o Brasil de 1961 a 1964). Jango pode ter nascido em 1918 ou, mais provavelmente, em 1919, no dia 1º de março.

· Há indícios que apontam para a possibilidade de que João Goulart seja filho ilegítimo e secreto de Getúlio Vargas. A possibilidade do fato é, neste caso, concordante com os resultados da análise astrológica. Como ponto de partida para a pesquisa, Raul Martinez utilizou o mapa retificado de Getúlio Vargas e submeteu-o a diversas verificações, com retornos lunares e solares, trânsitos, progressões etc.



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