A Lua progredida de Antonio Carlos Magalhães começou o ano com alguns aspectos bastante tensos que abalaram a já questionável credibilidade do político: quincunce com Júpiter e com Urano e quadratura com Saturno, no mapa natal. Tanto os quincunces quanto a quadratura, que se estendeu até 21 de abril, já terminaram. O período coincidiu com o processo de perda da capacidade de manter uma estrutura estável e com a dissociação dos grupos aos quais ACM estava vinculado.

O período dos quincunces age como um ajuste da postura de ACM. A partir dali, suas ações passaram a ser questionadas. Em geral, períodos de quincunce coincidem com circunstâncias em que o indivíduo, quando não é contestado, entra num processo de estagnação. Ora, a contestação de um método, atitude ou pensamento promove o estímulo a uma adaptação, reformulação e acréscimo de linguagem criativa que revitaliza e constrói um ambiente propício à sobrevivência do indivíduo naquele grupo e do grupo perante si próprio. Quando não se dá vazão à necessidade de "arejamento", ocorre justamente o que estamos vendo com ACM. As funções do quincunce são semelhantes às representadas por Plutão, o que indica o expurgo, mesmo que não desejado conscientemente, de segredos, funções ocultas, impurezas e tudo aquilo que nossa cultura rejeita por considerar indigno ou inferior. Durante uma fase como essa é bastante difícil prosseguir com atitudes hipócritas.

Tanto em aspectos verificados por progressão quanto nos verificados por trânsito, vemos essa preponderância de questões que exigem revelações e descarte do que não pode mais ser contido. A quadratura de Lua com Saturno representa, conforme escrevi em Progressão Lunar e Kabbalah,

um período onde não se admitem meias verdades ou ilusões românticas e folclóricas. Quando maior for o apego a idéias falsas, maiores serão a dor e os obstáculos. Neste aspecto em progressão há um certo parentesco com o arquétipo de Plutão, uma vez que é preciso abandonar coisas velhas e desgastadas do tipo que impedem a evolução individual e o contato com realidades superiores.

A mesma quadratura focaliza um problema social, isto é, uma confrontação com as imposições de uma cultura, estando o indivíduo sujeito a julgamento da mesma.

Este mapa sintetiza todos os trânsitos e progressões mais importantes. Os planetas do círculo interno são da carta natal de ACM; vêem-se as ativações da Lua, de Marte e de Saturno progredidos e de Plutão em trânsito. Netuno em trânsito está no Fundo do Céu. Posições calculadas para 01.02.2001.

Em trânsitos, temos a explícita manifestação de expurgo na conjunção de Plutão com a Lua natal e na quadratura de Plutão com Mercúrio natal. Mercúrio está na casa 11 de ACM, o que pode representar o desmentido social e as adversidades enfrentadas em função da divulgação ou do ocultamento de informações. Tudo isso assunto da casa 11, mesclado com o simbolismo de Mercúrio sofrendo a quadratura do "rico", do plutocrata, isto é, de tudo o que é representado pelo símbolo de Plutão, que inclui as pressões financeiras e as atitudes de "quem manda mais que quem" ou "eu sobrevivo porque domino". Isso se estende por todo o período de junho a outubro, sendo os mais contundentes nessa interpretação os meses de julho (talvez até os cinco primeiros dias de agosto) e de setembro.

Plutão acaba de sair da casa 1 de ACM. Sua passagem por este setor significa uma mudança de postura um tanto radical, ainda que forçada por circunstâncias fora do controle do ego. Junta-se a isso a crise de credibilidade marcada pela quadratura. Com a entrada de Plutão na casa 2 o que temos? Não é preciso ser astrólogo para imaginar o pode ocorrer. Cassação? A possibilidade é bem grande, mas existe um fator não considerado pela percepção política: a conjunção da Lua progredida com o Sol, perto do final de 2001. Veremos mais adiante o que isso pode significar no contexto das crises de ACM.

As mulheres não estão cooperando com ACM

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