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Dicas & Novidades - abril/2004

Universidade de Brasília faz pesquisa astrológica

O CEAM/NEFP - Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares do Núcleo de Estudos de Fenômenos Paranormais da Universidade de Brasília - divulgou os resultados de uma pesquisa intitulada "Verificação dos efeitos das posições dos astros na eclíptica com respeito à formação do homem e seu cotidiano". Eis o texto do documento, assinado por Paulo Celso dos Reis Gomes, Coordenador do NEFP e da pesquisa.

INTRODUÇÃO

Embora a Astrologia seja um dos ramos do conhecimento humano dos mais antigos não tem sido aceita como ciência na academia. Contudo, o estudo sério e aprofundado de autores como Morin de Villefranche (Século XVII) e Adolfo Weiss (Século XX) justifica uma avaliação racional e científica para a Astrologia. Ambos apontam formas eficazes de interpretação e avaliação dos dados contidos em um mapa astrológico, que deveriam validar, pelo seu rigor científico e seriedade, a sua aceitação no meio acadêmico.

A criação do Núcleo de Estudos de Fenômenos Paranormais (NEFP) do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília, pelos seus próprios objetivos, proporcionou boas perspectivas para o estudo da matéria astrológica, a fim de comprovar suas teorias através da pesquisa científica.

O presente projeto foi o primeiro passo para a averiguação das afirmações de Morin e Weiss, por meio de uma pesquisa objetiva, com a devida comprovação estatística dos resultados obtidos. Vale dizer ainda, que os resultados deste trabalho já viabilizaram a elaboração de outros estudos, como o desenvolvimento de software astrológico adequado à pesquisa acadêmica, a criação do Curso de Astrologia para Pesquisadores (Escola de Extensão da Universidade de Brasília) com carga horária de 60 horas e a apresentação do projeto de pesquisa "Influência dos Astros na Carreira Acadêmica", contribuindo para a sistematização científica e o conseqüente desenvolvimento da Astrologia como ferramenta de suporte em várias áreas de atuação do ser humano.

Esta primeira pesquisa, finalizada pela área de Astrologia do NEFP, intitulou-se "Verificação dos efeitos das posições dos astros na eclíptica com respeito à formação do homem e seu cotidiano" e teve como objetivos:

1. Verificação - em um grupo amostral formado por 50 (cinquenta) alunos, professores e colaboradores da UnB, através da análise de seus mapas astrológicos e dos efeitos das posições dos astros na eclíptica, com respeito à formação da personalidade, emoção, intelecto, mente, afetividade, valores familiares, econômicos, quadro geral da saúde, etc.

2. Verificação - nesse mesmo grupo amostral, através da análise dos trânsitos e progressões planetárias de seus mapas astrológicos e dos efeitos das posições dos astros na eclíptica, com respeito à influência dos astros no cotidiano desses indivíduos.

Em termos de cronograma, a pesquisa teve, portanto, um tempo total de 100 dias, aproximadamente, divididos da seguinte forma: (i) 20 dias de planejamento e treinamento; (ii) 50 dias de coleta de dados; e (iii) 30 dias de compilação de dados, análise, conclusão e divulgação dos resultados.

Do ponto de vista orçamentário, cabe esclarecer que a pesquisa não necessitou de recursos financeiros externos para sua realização. Na questão de recursos humanos, tanto os pesquisados quanto os pesquisadores foram voluntários. Os softwares utilizados na pesquisa ou são de propriedade dos pesquisadores ou são softwares livres, sem direitos de propriedade. Portanto, só foram utilizados recursos próprios para a execução da pesquisa, principalmente no que tange os materiais de escritório utilizados (papel, tinta etc.).

A PESQUISA

Inicialmente foram selecionados 100 voluntários para participar da pesquisa. Eles forneceram à coordenação os seguintes dados: (i) nome; (ii) data de nascimento, (iii) local do nascimento; (iv) hora do nascimento; (v) telefone e (vi) endereço. Vale ressaltar que a coordenação da pesquisa repassou aos astrólogos apenas os dados referentes à hora, data e local do nascimento dos pesquisados, fornecendo um código de identificação dos mesmos, os quais possibilitam a construção dos mapas natais.

Os astrólogos, de posse dos dados dos pesquisados, elaboraram para cada um dos pesquisados seus mapas astrológicos contendo: (i) o mapa natal; (ii) a revolução solar para o ano de 2003; e (iii) os trânsitos e direções planetárias. Vale ressaltar que, em nenhum momento, os astrólogos tiveram contato com os pesquisados, apenas a seus dados.

Os astrólogos utilizaram softwares específicos para cálculos estatísticos e astrológicos e, com base nos mapas, fizeram descrições acerca da personalidade de cada pesquisado e, também previsões acerca dos acontecimentos nos 40 dias seguintes. Estes documentos foram entregues à coordenação da pesquisa que, após catalogá-los de forma a garantir sua autenticidade, guardou-os em um envelope lacrado.

Finalizada esta etapa de previsões dos astrólogos, cada um dos voluntários recebeu, da coordenação da pesquisa, um diário para ser preenchido. Neste diário deveriam ser anotados todos os acontecimentos significativos que acontecessem em sua vida durante 40 (quarenta) dias.

Como o diário e as previsões dos astrólogos referiam-se a vários assuntos de cunho íntimo e pessoal (como saúde, sexualidade, família, relacionamentos, psique etc.), os quais serão mantidos em sigilo, os pesquisadores do NEFP solicitaram uma autorização a Comissão de Ética na Pesquisa. Vale ressaltar que todos os voluntários assinaram um "Termo de consentimento livre e esclarecido" para participar da pesquisa.

Após os 40 dias, a coordenação da pesquisa disponibilizou, durante uma semana, um grupo de psicólogos para receber os diários dos voluntários. No momento em que o voluntário entregava o diário preenchido, o psicólogo lhe entregava seu mapa natal, com uma descrição sucinta de sua personalidade. O psicólogo solicitava, então, ao voluntário que avaliasse a congruência/veracidade das características descritas no mapa natal, e as pontuasse em um formulário próprio, utilizando uma escala que variava de zero a cinco. O valor zero deveria ser dado àquela característica que não correspondesse de forma alguma a sua personalidade e o valor cinco deveria ser dado àquela característica que correspondesse inteiramente a sua personalidade. Os valores intermediários serviriam para pontuar aquelas características que correspondessem apenas em parte à sua personalidade, de forma proporcional. Os psicólogos foram instruídos a não interferir na avaliação dos mapas natais, mas apenas se pronunciar quando fossem levantadas dúvidas quanto ao preenchimento desta avaliação. Após a avaliação, uma cópia do mapa natal foi fornecida aos voluntários.

Os resultados da pesquisa

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