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ABA - Ordem Nacional dos Astrólogos e Cosmo-Analistas

Manobra na ABA destitui diretoria e abre crise irreversível
[setembro/2003]

Em dezembro de 2002 uma diretoria de transição assumiu a ABA - antiga Associação Brasileira de Astrologia, rebatizada como Ordem Nacional dos Astrólogos e Cosmo-Analistas. Essa diretoria, que incluía nomes como Waldyr Bonadei Fücher e Alexandre Fücher (Escola Regulus), Robson Papaleo (Gaia), Celisa Beranger (Sinarj) e Maurício Bernis (Astrobrasil), tinha como objetivo resgatar a entidade como instância representativa da comunidade astrológica, já que, nos últimos anos, a ABA vinha perdendo associados em ritmo acelerado.

Em 5 de setembro - nove meses após assumir - a nova diretoria foi surpreendida por uma decisão do Conselho Superior da entidade, numa reunião convocada sob medida para que nela só pudessem comparecer os partidários da diretoria anterior, comandada pelo casal Antonio e Vera Facciollo. O Conselho, invocando cláusulas estatutárias, declarou nulas as eleições de dezembro, destituiu a diretoria então eleita e marcou novo pleito para outubro de 2003. As cláusulas em questão condicionam a participação em cargos de direção apenas a associados com cinco anos de filiação e anuidades em dia, requisito que apenas um dos membros da diretoria destituída preenchia plenamente.

A manobra provocou fortes reações de repulsa na comunidade astrológica, que se solidarizou quase unanimemente com Fücher, Papaleo, Bernis e Celisa Beranger. Para Antonio e Vera Facciollo a retomada do controle da entidade pode ter significado, paradoxalmente, o fim de qualquer pretensão de exercer um papel de liderança do movimento pela organização profissional dos astrólogos.

Um "garoto irresponsável" de 77 anos

O clima é de guerra, com pesadas acusações de parte a parte. Os diretores destituídos prometem recorrer à Justiça para retomar o comando da entidade e entregá-la à decisão da assembléia de todos os associados, que decidirão sobre seu destino. Já os fundadores da ABA emitiram nota explicando que agiram em defesa do estatuto e das tradições da instituição. Nesta nota, a diretoria destituída é definida como uma "garotada emocionalmente instável", enquanto os astrólogos que manifestaram solidariedade a Bernis, Fücher e Papaleo são considerados gente "pouco ética e de cabeça dispersiva". Diz ainda a nota do Conselho Superior da ABA que os que criticam o afastamento de Fücher, Bernis & Cia. são, em sua grande maioria, astrólogos que não se filiam à ABA porque não querem respeitar critérios técnicos, estatuto e código de ética.

Alexandre Fücher, da escola Regulus, lembra com certo humor que seu pai, o presidente destituído da ABA Waldyr Fücher, acaba de completar 77 anos de idade e 53 de contato com a Astrologia. Waldyr, que se recupera de uma cirurgia, provavelmente ficará feliz ao saber que foi classificado como "um garoto".

Astrólogos e estudantes estão com opiniões divididas: uma parcela considerável acha que a diretoria destituída deveria liderar o movimento pela criação de uma nova entidade de classe; outra parcela acha que esta entidade surgirá naturalmente do Fórum de Astrologia, que ainda tem existência informal; um grupo minoritário acredita que ainda vale a pena investir no resgate da vetusta ABA.

Com a crise, voltou-se a falar na UNA - União Nacional dos Astrólogos - entidade dada simbolicamente como fundada em agosto de 2002 mas que jamais chegou a ser registrada como associação civil com personalidade jurídica própria.

Com a ABA desgastada e a UNA ainda em projeto, os Fóruns Regionais de Astrologia de 5 de outubro ganham em importância e podem ser a saída para quem considera essencial que os astrólogos brasileiros tenham uma entidade representativa. Não se sabe o que sairá das próximas reuniões, mas já se sabe claramente que nada será como antes.

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