Dois almanaques separados por 277 anos: o Poor Richard’s Almanack 1740, impresso em Filadélfia por ninguém menos que Benjamin Franklin (sim, um dos pais da independência americana foi um dos precursores da Astrologia na mídia!) e o Calendário 2017.
Formada em Publicidade e Propaganda pela ECA-USP, Paula Belluomini mudou-se nos anos noventa para a California, onde desenvolveu uma carreira na área de consultoria astrológica. Como também trabalha com design gráfico, acabou criando em 2004 um produto que reúne suas duas paixões: o Calendário. Não se trata exatamente de uma novidade, pois publicações semelhantes – normalmente com o nome de almanaque – fazem parte da tradição do Ocidente desde alguns séculos. Um caso particularmente conhecido é o do Poor Richard’s Almanack, editado por um certo Richards Sauders (na verdade, um pseudônimo do escritor, inventor e um dos futuros líderes da Revolução Americana – mais tarde ministro dos correios e diplomata, Benjamin Franklin). O Poor Richard’s abrangia uma grande quantidade de temas, desde a previsão de tempo para uso na agricultura até poemas e aforismos da lavra do próprio Franklin, alguns deles incorporados à cultura popular americana. As dicas astronômicas e astrológicas também não faltavam, incluindo efemérides, relações de aspectos, lunações e tudo o mais que se espera de uma publicação do gênero. Benjamin Franklin, aliás, não inventou o formato, tendo-se baseado, na verdade, num almanaque inglês muito mais antigo, o Rider’s British Merlin, do século XVII. Além do mais, Franklin tinha uma relação bastante ambígua com a Astrologia. Nos primeiros anos, uma de suas diversões preferidas era “prever” a data da morte de seus concorrentes – estes sim, astrólogos de verdade –, que costumavam entrar em compreensível pânico.
O Poor Richard’s Almanack circulou continuamente por 25 anos, de 1732 a 1757, e chegou a alcançar tiragens de dez mil exemplares.
Mas por que ressuscitar a ideia dois séculos e meio depois? Hoje não há mais nenhuma informação astrológica relevante que um bom software de cálculo não possa fornecer. O problema é que softwares dependem de licenças e equipamentos, e nem sempre estão à mão no exato momento em que você precisa. Por isso, muita gente ainda prefere confiar no encanto do papel. Melhor ainda se for uma edição com layout moderno, imagens atraentes e texto objetivo.
Parte da página dos eclipses no Calendário Astrológico 2017. Apresentamos aqui uma cópia em baixa resolução. O original é mais nítido e detalhado.
O Calendário de Paula Belluomini, que pode ser pendurado na parede, apresenta todos os aspectos formados no céu pelos planetas, dia a dia, com horário de Brasília. O Mapa da Lunação mostra como os planetas estavam configurados na Lua Nova e na Lua Cheia. Além disso, há também efemérides completas para o mês inteiro, além de algumas dicas complementares. Por exemplo: Paula sintetiza todos os eclipses de 2017 numa única página, informando datas, horários, signos envolvidos, natureza e visibilidade do eclipse e representação gráfica das regiões da Terra atingidas. Um tremendo exercício de síntese.
Para maiores informações e encomendas, basta dar uma olhada no Casa Ciclos, o site de Paula Belluomini.
