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Você está em: Home / Técnica / Bases / Existe inferno astral?

Existe inferno astral?

11/08/2014 por Carlos Hollanda

Inferno astral é um daquelas concepções simplistas e muitas vezes errôneas divulgadas por programas radiofônicos ou colunas astrológicas de revistas populares. Mas afinal, existe mesmo inferno astral? E precisamos nos preocupar com ele?
Representação medieval do inferno

De olho na mídia: as colunas de jornal e os programas radiofônicos popularizaram a ideia de um “inferno astral” temível e assustador.

Astrólogos atuantes na Internet costumam receber e-mails de leitores que às vezes trazem perguntas relacionadas a conceitos simplistas, deturpados ou até inexistentes para a prática astrológica. É o caso do “inferno astral”, expressão que volta e meia surge nas perguntas de leitores com conhecimento superficial da matéria:

Quando o inferno astral chega as coisas sempre dão errado? É que estou nele agora e andei notando que as coisas estão mais difíceis. Você teria uma explicação para isso?

Este pequeno artigo esclarece sobre as (muitas) mentiras e (poucas) verdades sobre o assunto.

O tema “inferno astral” gera uma certa polêmica até mesmo entre astrólogos profissionais. Para a maioria das pessoas, no entanto, falar sobre isso é uma boa justificativa para culpar os céus pelas coisas que deram errado. Seria bom, não é? Como seres humanos todos nós achamos ótimo poder arrumar um bode expiatório para tudo o que não queremos que seja nossa responsabilidade. Só tem um probleminha: somos donos de nosso destino e, como os astrólogos orientados filosoficamente sempre dizem, não existe uma “influência benéfica” ou “maléfica” vinda de fora de nós mesmos. Nós fazemos as coisas acontecerem, por menos que queiramos admitir. São várias as teorias que podemos usar a favor dessa afirmação. Entre elas estão as psicanalíticas, o inconsciente coletivo (Jung), e o entrelaçamento de ações anteriores a um determinado evento, convergindo para o mesmo através de uma reação em cadeia que sempre retorna ao agente primário, isto é, nós. Entrar nas considerações filosóficas, que por si só bastariam para criar milhares de outras perguntas mais complexas, levaria tempo e poderia confundir sem uma introdução adequada. Contudo, teorias a respeito de carma, campos vibracionais, psiquismo e outros podem auxiliar na compreensão dos altos e baixos da vida.

Para quem não é astrólogo, ouvir (ou ler) isso de um profissional da área pode parecer paradoxal, mas nem planetas nem signos provocam um problema. Quando um planeta está num ponto de nosso mapa que indica experiências tensas ou frustrantes, na verdade ele corresponde a uma função que o ser humano e a natureza têm em comum. Trocando em miúdos: não é o suposto “poder” do planeta que faz com que as coisas deem errado, e sim nossa própria falta de percepção de que há um vínculo entre nós e o meio ambiente. E isso inclui todo o meio ambiente: o lar, a família, a sociedade, as ruas, o trabalho, a cidade, o país, o planeta, a natureza, a galáxia etc. Se é assim, estamos ligados, ainda que inconscientemente, aos mesmos ritmos do universo e, não se surpreendam com o que vou dizer agora: todo o restante do universo também está ligado aos nossos ritmos. É verdade. Sei que novamente parece uma loucura, mas há uma lei de reciprocidade universal, bastante visível nos estudos da física quântica.

O que diria muita gente com certezas absolutas sobre o funcionamento do que chamamos “realidade” se soubesse que a consciência do experimentador altera o sentido e o resultado do experimento? Pois é. Descobriu-se que as partículas subatômicas ora comportam-se como ondas de energia, ora comportam-se como partículas de matéria. Descobriu-se, pasmem, que os mesmos fatores observados por cientistas diferentes comportavam-se cada um de uma maneira peculiar com cada cientista. Isso acontece especialmente de acordo com aquilo em que o observador acredita. Caso o leitor sinta necessidade de uma argumentação mais convincente, recomendo a leitura dos trabalhos de Fritjoff Capra (O Tao da Física) e as pesquisas sobre a teoria do campo morfogenético de Rupert Sheldrake.

Se alguém prefere admitir que existe uma influência planetária para os acontecimentos, então terá de admitir também que os acontecimentos são influenciados pelo ser humano e por sua percepção acerca do que pensa estar vendo.

Não somos marionetes. Somos seres cocriadores, somos coparticipantes do ato de criação e de produção na vida. Se somos “regidos” por alguma coisa, é porque essa coisa ainda não foi percebida por nossa consciência, mas ela faz parte de nós, sem dúvida. À medida que nos tornamos mais e mais conscientes, também nos tornamos mais capazes de tomar o destino em nossas mãos.

Apenas um final de ciclo

É verdade, estou filosofando muito, mas não me desviei do assunto não. Vejam só: existem várias formas de classificar o chamado “inferno astral”. Eis algumas:

  1. Ele se inicia 40 dias antes do aniversário.
  2. O inferno astral são os últimos 30 dias antes do aniversário.
  3. Ele é a passagem do Sol pelo signo que precede nosso signo de nascimento.

Alguns absurdos são sugeridos por “boateiros astrológicos”, como dizer, por exemplo, que o “inferno astral de Leão é Peixes”. Como? Por quê? A resposta é baseada numa grande confusão de dados pincelados muito, mas muito esporadicamente, a respeito da natureza do signo de Peixes, que se refere simbolicamente à abnegação, ao retiro, à contemplação. Se assim fosse, Peixes seria o inferno astral de todos. Ou pior: o símbolo zodiacal sobre o qual alguém tem algum tipo de preconceito, é claro, seria o inferno astral. Se eu julgo ter sofrido nas mãos de um canceriano, então todas as pessoas de Câncer precisam ser evitadas, porque são o “inferno”. É… já dizia o bom e velho Sartre que “o inferno são os outros”.

O período que antecede o aniversário também é um final de ciclo. Se observarmos cuidadosamente, os finais de ciclo são épocas desgastantes, às vezes tristes, às vezes monótonas, às vezes dolorosas, mas sempre pouco atraentes em relação às fases de crescimento. Sendo assim, o “inferno astral” ou o fechamento do ciclo é semelhante a uma morte, ao término de um namoro e à fase de falta de criatividade pela qual passa um artista ou escritor após a conclusão de uma obra. É preciso “fermentar” ou “incubar” uma nova manifestação. É preciso voltar-se para dentro, encolher-se a fim de que seja possível dar um salto, espremer um pouco, para poder passar por uma abertura estreita até um local melhor – isso é o nascimento.

A criação

Quando o Sol retorna ao local ocupado na data de nascimento vivemos um recomeço. Os 40 dias anteriores fecham um ciclo – o que não é necessariamente ruim.

Afinal de contas é ruim ou não é?

Nem sempre é tão claro. Ciclos planetários mais lentos podem, inclusive, atravessar aquele mês que classificamos como “inferno astral”. Se o período corresponde a combinações entre os planetas em movimento no céu e os chamados “planetas benéficos” na terminologia medieval (Vênus e Júpiter), dificilmente pode ser classificado como problemático. Júpiter em trânsito pode estar em conjunção com Vênus do mapa natal, o que corresponde, em teoria, a uma fase afortunada nos afetos e nas finanças. Por outro lado, um período de transformações e de conscientização dos próprios limites pode ser confundido com um agravamento de condições difíceis supostamente provocadas pelo inferno astral.

Atitudes e convicções também produzem problemas erroneamente atribuídos a essa fase do ano. Vejam o exemplo a seguir. Causa: Luizinhos e Lalauzinhos acreditam firmemente que o ser humano é corrupto e que por isso mesmo devem defender-se agindo de forma igualmente corrupta (segundo o que acreditam). Por causa disso, roubam o patrimônio de um grupo de pessoas num crime chamado peculato e ainda fazem tráfico de influência. Efeito: cadeia, justo quando chega o “inferno astral”. Então eles pensam: “claro, estou passando pelo inferno astral”, e convencem a si mesmos de que, além de serem vítimas do sistema, foram os astros – elementos externos -, e não eles próprios, que causaram o problema.

O que acreditamos é o que somos. O que criamos na mente, fazemos acontecer no cotidiano, mesmo que não percebamos ou não queiramos perceber. Se dizemos: “Epa… chegou aquela fase do ano. Agora ferrou.” – então esqueça: você se ferrou mesmo. O universo inteiro vai conspirar a favor de seu próprio pensamento, ou seja, contra você. Seja graças à mídia, seja graças à falta de senso crítico, as crenças vão-se confirmando, especialmente quando não lembramos que queremos ver aquilo, quer dizer, a mente humana, seletiva que é, verá o que quer ver. Se o pensamento é muito negativo, quando alguém usa a gíria “Fulano é uma fera na empresa”, tende-se a pensar que o sujeito é irritadiço e grosseiro, quando na verdade quer-se dizer que o Fulano é muito competente. A atitude mental é tão importante que, se estivermos com mania de perseguição, nem mesmo ciclos afortunadíssimos poderiam atenuar os sentimentos incômodos, ainda que tudo à volta parecesse normal.

Podemos concluir afirmando que a ideia de inferno astral popularizada pela mídia não é verdadeira. Por tratar-se de um final de ciclo, não deixa de ter suas mazelas. Apesar disso, mesmo durante a fase que precede o aniversário, existe quem passe muito bem, e não são poucas as pessoas nessas condições.

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Sobre Carlos Hollanda

Astrólogo no Rio de Janeiro, Diretor Técnico do Sinarj na gestão 2011-2014. Mestre em História Comparada e Doutor em Artes Visuais pela UFRJ. Coordenador do curso técnico em Astrologia da Universidade Cândido Mendes. Veja todos os artigos ou entre em contato com Carlos Hollanda.

Comentários

  1. fabio furrier diz

    19/07/2015 em 15:06

    Mais um excelente artigo ! Vejo a astrologia da mesma forma que voce , o que é um alivio pois estou cercado de colegas astrologos deterministas , que colocam a culpa do que acontece em planetas “maleficos” e infernos astrais !
    Parabens mais uma vez

    Responder
    • fabio furrier diz

      19/07/2015 em 21:39

      Só gostaria de complementar que quem tem o enfoque mais “classico” tem todo o direito de te-lo , não ha linha de interpretação melhor ou pior. Foi só um desabafo por não ter a oportunidade de ter contato mais pessoal com alguem que tenha um enfoque mais transpessoal/humanista para trocar ideias sem que seja pela internet.

      Responder

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